A ginasta brasileira Flávia Saraiva, 16, venceu a competição de solo no evento-teste da modalidade, nesta segunda-feira (18), na Arena Olímpica, no Rio.

Foi a segunda vez no dia que a carioca de 1,36m subiu ao pódio. A primeira fora na prova de trave, onde ficou em segundo lugar. As duas modalidades são as especialidades da ginasta.

No domingo (17), a equipe feminina brasileira se classificou para os Jogos de 2016.

	RicardoBufolin/CBG
	Flávia Saraiva com a medalha de ouro conquistada no solo durante evento-teste

"Ontem foi mais tenso. Hoje eu só queria dar o meu melhor e brilhar", brincou, após a premiação, a ginasta, que pediu aplausos durante a sua apresentação. Com pontuação de 14.400, foi aplaudida de pé pelos 2.056 torcedores presentes.

Tida como a mais promissora da nova geração da ginástica feminina, ela estourou em 2014, quando conquistou três medalhas na Olimpíada da Juventude de Nanquim (China).

No ano passado, firmou-se na seleção com pódios no Pan de Toronto (Canadá) e em etapas da Copa do Mundo.

A outra brasileira na competição, Daniele Hypolito, 31, ficou em sexto lugar, com 12.566 pontos.

TRAVE

Flávia Saraiva recebeu a segunda melhor nota na modalidade trave de equilíbrio durante o evento-teste. Com 14.733 pontos, ela foi superada pela holandesa Sanne Wevers, que teve 14.800. A irmã de Sanne, Lieke, ficou em terceiro lugar, com 14.366.

Rebeca Andrade levou o bronze nas barras assimétricas. Já Daniele Hypolito disputou a decisão do salto e ficou na quinta colocação.

RECLAMAÇÕES

Pessoas que assistiram ao primeiro evento-teste da arena criticaram a infraestrutura do lugar e a organização do evento. A Rio-2016 deve fazer uma avaliação oficial na próxima sexta (22), último dia de competições.

Para Georgia Guedes, 38, os problemas começaram do lado de fora. "Não havia qualquer sinalização indicando que a prova de ginástica seria neste local. Eu só sei porque moro aqui perto e conheço as arenas olímpicas."

Já Ana Carla Ribeiro, 42, considerou as cadeiras desconfortáveis. "Ficamos sentados nela o dia inteiro vendo as provas. Ao final eu até preferia ficar de pé", brinca.

Geise Leão, 38, reclama do fato de, na opinião dela, haver poucas opções de alimentação. Há sete bares instalados para uma arena com capacidade para 12 mil pessoas.

Concluída para os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007, o local tem paredes e piso mal acabados, com rachaduras.

Para, Leão "ainda há muito coisa para melhorar até a Olimpíada. Falta uma boa mão de tinta aqui."