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Dor lombar desafia Bruno Fratus, candidato a pódio nos Jogos do Rio

Uma dor renitente acompanha uma das principais esperanças de medalha da natação brasileira e liga um alerta para os Jogos do Rio.

Bruno Fratus, 26, bronze no Mundial de Kazan-2015 e detentor da segunda melhor marca nos 50 m livre na temporada passada, sofre com dor severa na região lombar.

O problema é antigo, mas recrudesceu em março. E atrapalhou seu desempenho no Troféu Maria Lenk, encerrado nesta quarta, no Rio.

"Sim, eu competi com dor. E, sim, é algo que vou continuar trabalhando nas próximas semanas", disse o nadador, que vive e treina em Auburn, nos EUA, para onde voltará na segunda-feira (25).

Fratus venceu os 50 m livre com a marca de 21s74 e ratificou a vaga olímpica. Porém, nos 100 m livre, nem sequer foi à final "A", que reúne os oito melhores tempos. Na final "B", não baixou de 48s.

Ele queria vaga no revezamento 4 x 100 m livre. O esforço, contou, tornou a dor no local ainda mais aguda.

"O que existe é um incômodo que surgiu umas quatro ou cinco semanas atrás, em um treino. Acabei forçando um pouco mais do que deveria, talvez, e não tenho mais 17 anos. Então, sabe como é."

O velocista contou que sente dores na região lombar desde que tinha 18 anos, mas que ela "melhorava em três ou quatro dias". "Hoje, demora muito mais", disse.

Em 2015, Fratus teve um grande ano ao terminar como segundo melhor do ranking mundial dos 50 m livre –empatado com o norte-americano Nathan Adrian–, atrás apenas do francês Florent Manaudou (21s19 a 21s37).

Ele também obteve sua maior conquista internacional na carreira ao terminar a prova em terceiro em Kazan. O bom posicionamento em nível mundial o alçou à condição de esperança de medalha brasileira no Rio.

Nesta temporada, o melhor tempo que fizera em sua especialidade havia sido 22s07, em janeiro, tempo aquém do que se acostumara a fazer.

A preocupação com o nadador fez a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) enviar um fisioterapeuta a Auburn para tratá-lo. Nathan Cunha, que já trabalhou com Cesar Cielo, permaneceu na cidade americana quase dez dias com Fratus antes do Troféu Maria Lenk.

Houve melhora, mas não a ponto de limitá-lo. Um exemplo foi a final dos 50 m livre, nesta quarta-feira, na qual ele e Ítalo Duarte se garantiram na Olimpíada –e Cielo não conseguiu classificação.

"A saída foi bem fraca. Mas é difícil competir no auge da prova com suas costas gritando 100% ali. Tentei segurar a onda, de forma saudável."

Entre a Olimpíada e a dor, Fratus não titubeia. Disse que "jamais vai tirar o pé" de treinos às vésperas dos Jogos do Rio em razão do incômodo.

Que esporte é esse? - Natação

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