Publicidade
Publicidade
Publicidade
Rio-2016

Mais de 30 atletas com potencial de disputar a Rio-2016 são pegos no doping

O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta terça-feira (17) que 31 atletas de seis modalidades esportivas podem ser impedidos de participar da Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 depois que 454 amostras de doping dos Jogos de Pequim-2008 foram reexaminadas.

Os atletas não foram divulgados pela entidade, e os países serão notificados nos próximos dias.

Fabrice Coffrini/AFP
International Olympic Committee IOC President Thomas Bach attends a press conference closing an executive meeting on March 2, 2016 in Lausanne. French justice investigates since December on suspicion of bribery in the awarding of 2016 Rio and 2020 Tokyo Olympics a judicial source told AFP, confirming a report in British newspaper The Guardian. / AFP / FABRICE COFFRINI ORG XMIT: FAB323
Thomas Bach, presidente do COI, em entrevista na Suíça

Um comunicado do COI afirmou que os testes foram focados em atletas com potencial para disputar os Jogos de 2016, e ainda não terminaram. O comitê avisou que mais 250 resultados de amostras de Londres-2012 devem ser divulgados nos próximos dias.

Segundo a entidade, a repetição dos testes foi realizada em parceria com a Agência Mundial Antidoping (Wada) e com federações internacionais.

"O objetivo é impedir que atletas que burlam os exames estejam nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro", disse o comunicado.

O anúncio vem ao encontro com a revelação feita pelo diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov, na semana passada.

Ao "The New York Times", Rodchenkov disse que os atletas russos haviam se dopado durante os Jogos de Pequim-2008, os Jogos de Londres-2012 e no decorrer dos Jogos de inverno de Sochi, em 2014, quando a Rússia controlava o laboratório de ensaios olímpicos.

Ele descreveu uma operação em que ele e um pequeno grupo substituíram urina contaminada dos atletas russos para a urina limpa. Deixaram armazenadas durante meses em um buraco na parede do laboratório para depois serem trocadas.

No fim do ano passado ele pediu demissão do cargo.

"As medidas que tomamos na sequência das alegações preocupantes contra laboratório em Sochi são outro passo importante para proteger os atletas limpos, independentemente de qualquer esporte ou nação", disse o presidente do COI, Thomas Bach.

A decisão de demissão Rodchenkov foi tomada um dia após a divulgação de um relatório de 323 páginas da Wada, que apontou que a Rússia desenvolveu cultura "profundamente enraizada de fraude" em seu esporte, sobretudo o atletismo.

O relatório apontou que o ex-diretor está no centro de um sistema generalizado de doping no atletismo russo, que inclui sobretudo a destruição de testes positivos para substâncias consideradas dopantes.

"Todas essas medidas são um poderoso golpe contra trapaceiros que não deixaremos vencer", afirmou Bach. "Nós guardamos amostras por dez anos, para que trapaceiros saibam que nunca poderão descansar", finalizou.

Medalhistas de Londres e Pequim devem ser reexaminados de forma mais minuciosa.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade