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Rio-2016

ANÁLISE

Experiência e determinação definem seleção brasileira de maratonistas

Uma equipe experiente e determinada, que já mostrou condições de competir aguerridamente em condições adversas: assim é a seleção brasileira que vai disputar a maratona nos Jogos do Rio.

O que não significa garantia de medalha, mas sim promessa de que não vão jogar a toalha antes de o jogo acabar.

Sergei Ilnitsky/Efe
Paulo Roberto e Solonei festejam após cruzarem a linha de chegada
Paulo Roberto e Solonei festejam após cruzarem a linha de chegada

Dos seis convocados pela Confederação Brasileira de Atletismo, metade vai para sua segunda participação olímpica. Marílson Gomes dos Santos, o melhor corredor brasileiro de longa distância na atualidade, chega à terceira Olimpíada. A equipe masculina é competitiva.

Em Londres-2012, Marílson ficou em quinto lugar; Paulo Roberto de Almeida Paula foi o oitavo e, no Mundial de Moscou-2013, concluiu no sétimo posto. Solonei Rocha da Silva, que até 2009 trabalhava como gari, em 2011 foi campeão pan-americano da maratona correndo no calorão de Guadalajara, México.

Os três dedicaram o último ano à preparação olímpica, competindo menos do que o costumeiro e se dedicando mais aos treinos. Marílson aproveitou o período para se recuperar de lesão na panturrilha esquerda.

Paulo Roberto fez da Rio-2016 seu alvo desde que completou a maratona olímpica em 2012. Apesar de ter desde dezembro passado um tempo de classificação bem melhor do que resultados apresentados por concorrentes, correu fortemente em abril a maratona de Viena, ficando entre os dez primeiros e ratificando seu índice.

Solonei trabalhou com o regulamento. Com vaga garantida por ter ficado entre os 20 melhores no Mundial do ano passado, ainda que com tempo muito ruim, aproveitou para sentir os holofotes da maratona de Boston, que não conta para o ranking, mas oferece grande exposição midiática.

De qualquer forma, não foi pelo caminho do "tapetão", como alguns críticos qualificaram o critério, que Solonei chega ao Rio: ele efetivamente tem o terceiro melhor tempo entre os 13 homens brasileiros que obtiveram o índice olímpico.

Com esse trio, não é bravata esperar ver brasileiros entre os dez primeiros, talvez até entre os cinco melhores na maratona masculina.

Na prova feminina, a situação é mais complicada. Os tempos das três brasileiras estão distantes das marcas das concorrentes, fazendo com que um posto entre as 15 melhores já seja algo a elogiar.

As condições climáticas do Rio, adversas para a maratona, podem ser eventuais aliadas dos brasileiros, pois, em geral, os desempenhos estupendos da super elite ocorrecem no frio. Condições piores tendem a diminuir o desequilíbrio no pelotão, tornando a competição mais tática.

Enfim, como diz Gilmário Madureira, marido e técnico de Marily dos Santos, que tem vaga nos Jogos, "tudo pode acontecer. Inclusive nada".

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