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Falta de prêmios e risco de zika afastam grandes jogadores do golfe olímpico

O golfe demorou 112 anos para retornar aos Jogos Olímpicos. Mas, no Rio, não vai encontrar alguns dos principais golfistas do mundo.

Com a desistência, nesta semana, do norte-irlandês Rory McIlroy, 27, já chegam a seis os grandes jogadores fora das disputas da Rio-2016.

Andrew Redington/Getty Images/AFP
OAKMONT, PA - JUNE 18: Rory McIlroy of Northern Ireland walks off the ninth green after finishing the continuation of the second round of the U.S. Open at Oakmont Country Club on June 18, 2016 in Oakmont, Pennsylvania. Andrew Redington/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
Rory McIlroy durante a disputa do Aberto dos EUA

Além de McIlroy, ex-número um do mundo, atual quarto colocado do ranking da Federação Internacional de Golfe, já anunciaram a desistência da Olimpíada o sul-africano Louis Oosthuizen, 33, o fijiano Vijai Singh, 53, e os australianos Marc Leishman, 32, e Adam Scott, 35. Todos eles destaques e com títulos nos principais circuitos do golfe.

As alegações foram a preocupação com o vírus da zika e questões familiares.

Astro da modalidade, o americano Tiger Woods, 40, passou por problemas físicos e não estará no Rio pois é apenas 582º do ranking mundial.

Para o presidente da Confederação Brasileira de Golfe, Paulo Cezar Pacheco, estas decisões não vão tirar o brilho do torneio olímpico, que acontece de 11 a 14 de agosto para os homens e entre 15 e 20 para as mulheres.

"Nada podemos fazer a não ser lamentar e aceitar. Quanto a ausência de nomes como Rory e Adam, isso afeta os fãs, mas o evento continua em alto nível técnico com presenças de muitos outros ídolos. Existem vários eventos da grandeza de um PGA Tour ou de European Tour que por vezes não podem contar com todos os ídolos que os fãs gostariam de ver", afirma Pacheco.

A competição no campo olímpico de golfe construído na Barra da Tijuca não dá premiação em dinheiro nem sequer vale pontos no ranking mundial. Mas também não há grandes competições internacionais na mesma semana.

E se alguns homens já desistiram, nenhuma mulher abdicou da Olimpíada até o momento. A classificação final será anunciada com o ranking de 11 de julho.

"Os homens não precisam de outras oportunidades para exposição, pois já tem grande mídia no tour que jogam o ano inteiro. Talvez seja por isso que não veem nenhum lucro em jogar no Brasil", afirma Victoria Lovelady, 29, atualmente dentro da lista das 60 golfistas que estarão nos Jogos do Rio.

Grandes torneios nos EUA pagam até US$ 1,8 milhão (R$ 6 milhões) para o campeão. No total, chegam a distribuir US$ 10 milhões. A maior premiação geral em torneio feminino é de US$ 3 milhões.

Porém, a desculpa usada pelos golfistas, oficialmente, não é financeira, mas a zika.

"A zika é notícia quase todas as noites nas TVs estrangeiras. A mídia está deixando as pessoas com medo. As golfistas me perguntam e falo que no inverno os mosquitos diminuem, falo dos repelentes, mas minha resposta é que não vamos parar nossas vidas pela zika", diz Victoria.

Além dela, os brasileiros Adilson da Silva, 44, e Miriam Nagl, 35, estão na lista de classificados hoje.

O golfe está garantido em Tóquio-2020, mas ainda não há definição sobre a inclusão nos Jogos a partir de 2024. Assim, uma tacada errada no Rio pode prejudicar o futuro do esporte na Olimpíada.

Esporte - Golfe

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