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Goleira acusada de entregar jogo nega ter sofrido gol intencionalmente

Matt Kryger/USA Today Sports/Reuters
Luciana em ação pela seleção brasileira no jogo contra a Austrália, pelo Mundial de 2015
Luciana em ação pela seleção brasileira no jogo contra a Austrália, pelo Mundial de 2015

Acusada de ter tomado dois gols propositalmente na final do Campeonato Brasileiro de futebol feminino, contra o Flamengo, a goleira do Rio Preto Luciana Maria Dionízio, 28, nega que o episódio tenha ocorrido.

À Folha, ela admitiu ter falhado em um dos gols da derrota para o Flamengo por 2 a 1, mas considerou o lance normal. "Quando a goleira não pega a bola firme e proporciona um rebote que resulta em um gol, considero que houve uma falha. A bola bateu no meu peito e foi para o lado", afirmou a goleira.

"Na sequência, quis corrigir, mas a rival chutou por debaixo das minhas pernas. Esses lances fazem parte da vida de qualquer jogador."

O vice-presidente e diretor jurídico do Rio Preto, José Eduardo Rodrigues, clube da atleta, encaminhou ofício à CBF pedindo que a atuação dela fosse investigada. Ele classificou o comportamento dela como "estranho".

Para Rodrigues, a goleira largou uma bola teoricamente fácil no lance. Ele também reclamou dela ter ficado parada no pênalti cobrado por Larissa Pereira no outro gol carioca. Além disso, afirmou que Luciana demorou para repor a bola mesmo quando o resultado era adverso.

Jogo entre Rio Preto e Flamengo

"Eu fiquei chateada com tudo o que aconteceu. Estou sendo orientada sobre o que fazer. Estou muito triste porque tenho um carinho enorme pelas meninas e pelo clube", disse a goleira, que explicou por que estava retardando o reinício da partida.

"No intervalo ninguém comentou sobre o regulamento. No decorrer do jogo me alertaram dizendo que o resultado [2 a 1] favorecia o Flamengo", disse. O time havia vencido no Rio por 1 a 0, mas perdia no critério de gols fora de casa.

Titular no último Mundial, Luciana perdeu espaço na seleção brasileira e ficou fora da lista de 18 atletas convocadas por Vadão para a Rio-2016 —está entre as quatro suplentes caso haja necessidade de uma substituição.

Ela foi preterida por Bárbara, que defendeu o Flamengo, e Aline, ex-Ferroviária.

Para a goleira, a polêmica não atrapalhou sua convocação. "Fico triste, mas a opção é do treinador", disse.

A CBF confirmou que recebeu o ofício enviado por Rodrigues e repassou o documento ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

STJD

O vice-presidente e diretor jurídico do Rio Preto, José Eduardo Rodrigues, encaminhou um ofício para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pedindo que apure a atuação da goleira nas duas partidas.

Coordenador técnico do futebol feminino da CBF, Marco Aurélio Cunha, confirmou que recebeu o ofício e encaminhou para o departamento jurídico da CBF, que repassou ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A promotoria do órgão diz que analisa o caso.

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