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Justiça do Rio dá cinco dias para comitê apresentar documentos de marketing

A Justiça do Rio de Janeiro acolheu medida cautelar impetrada pelo presidente da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), Alaor Azevedo, e deu prazo de cinco dias para que o Comitê Organizador dos Jogos do Rio se pronuncie sobre a ação, que pede que contratos de marketing da entidade responsável pela Olimpíada sejam disponibilizados.

O juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira determinou, nesta quarta-feira (13), a citação do comitê organizador para que apresente resposta, que pode ser a demonstração dos documentos ou uma recusa justificada.

O questionamento de Azevedo diz respeito ao chamado Acordo de Programa Conjunto de Marketing (cuja sigla em inglês é JMPA). De acordo com esse contrato, os organizadores dos Jogos do Rio têm de passar porcentagens do que arrecadar em contratos de patrocínio ao COB (Comitê Olímpico do Brasil), CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e COI (Comitê Olímpico Internacional).

A Folha revelou no dia 3 de junho que o comitê Rio-2016 deixou de fazer um repasse de R$ 146 milhões ao COB em 2015 e lançou o valor em seu balanço como receita após uma renegociação do acordo que mudou os critérios de redistribuição do repasse.

A manobra contábil permitiu que ele fechasse o exercício com R$ 17 milhões no azul em vez de um rombo de R$ 129 milhões.

Tanto o COB quanto o comitê organizador dos Jogos são comandados por Carlos Arthur Nuzman. Ambos alegaram que a operação foi avalizada por seus executivos.

A CBTM, comandada por Azevedo, aprovou as contas do comitê organizador e do COB com ressalvas nas assembleias gerais das duas entidades. Todas as demais confederações aprovaram-nas sem ressalvas.

Li Ming/Xinhua
Carlos Arthur Nuzman assiste à cerimônia na Vila Olímpica do Rio
Carlos Arthur Nuzman assiste à cerimônia na Vila Olímpica do Rio

A medida cautelar que foi deferida nesta quarta pede que sejam apresentadas cópia do contrato original do JMPA, cópia da ata da reunião em que foi aprovada a renegociação do JMPA e a nova versão assinada, além de outros documentos. Ao todo, são 12 itens requeridos.

O Rio-2016 chegou a disponibilizar os contratos a Azevedo para consulta, em sua sede. O dirigente, porém, alegou na peça que foram poucas as horas de acesso e que queria obtê-las em definitivo.

Tanto o COB quanto o comitê organizador alegaram haver cláusulas de confidencialidade para não dar publicidade aos documentos.

Procurado, o comitê organizador não respondeu até a conclusão desta reportagem.

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