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Em cerimônia do COI, Bach fala em país dividido e crise sem precedentes no Brasil

Em discurso na cerimônia de abertura da 129ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), uma espécie de congresso, o presidente Thomas Bach disse que o Brasil está dividido e que isso tornou a preparação para os Jogos Olímpicos "desafiadora".

Para o alemão, mesmo em período difícil do país, em uma crise sem precedentes, a Olimpíada foi uma "catalisadora" e ajudou o Rio a passar por uma transformação histórica.

Ele também citou os problemas da Vila Olímpica e disse que os desafios foram superados.

O cartola, que falou por mais de quinze minutos, afirmou que conversou com diversos atletas durante os últimos dias e ouviu muitos elogios em relação ao condomínio onde estão hospedados, apesar dos imprevistos.

"Não é exagero dizer que os brasileiros têm vivido tempos extraordinários. A crise política e econômica do país é sem precedentes. Essa situação fez com que a preparação para os Jogos fosse desafiadora", disse Bach

"Em um tempo em que o país está dividido social, política e economicamente, a transformação no Rio é histórica. O Rio não seria o que é hoje se não tivesse os Jogos como catalizador. A história vai falar sobre o Rio antes dos Jogos e sobre um Rio de Janeiro depois dos Jogos", completou.

Assim que a vila foi aberta para a entrada dos competidores, delegações se queixaram da falta de limpeza e acabamento. Algumas delas, aliás, decidiram bancar por conta própria as obras faltantes, como Brasil, EUA, Itália e Holanda. A Austrália foi a mais dura nas reclamações.

Bach, neste noite de segunda, a quatro dias dos Jogos, disse que a cidade do Rio de Janeiro está pronta.

O presidente também dedicou parte do seu discurso para falar sobre a polêmica com a participação dos russos na Olimpíada, por causa do escândalo de doping.

Ele repetiu que o comitê executivo do COI achou injusto banir toda a delegação russa, uma vez que o relatório no qual a Wada (Agência Mundial Antidoping) se baseou para recomendar a expulsão não ouviu a defesa das autoridades do país.

O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, falou antes dele, fazendo agradecimentos e dividindo lembranças dos sete anos de preparação para os Jogos.

O prefeito Eduardo Paes também estava na plateia da Cidade das Artes.

O evento desta noite teve um concerto é muito samba, comandado pela cantora Daniela Mercury, que cantou Gonzaguinha e Cartola, chamando os dirigentes para dançar e arrancando aplausos.

Vila dos Atletas

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