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Após fazer as pazes com a torcida, Nenê é peça fundamental na seleção de basquete

Ele já teve um câncer no testículo, disse não à seleção brasileira diversas vezes —e chegou a ser vaiado e muito criticado por isso— e se vê mais respeitado nos Estados Unidos do que em seu país, mas o mundo deu voltas, e o pivô Nenê é hoje uma das peças-chave do Brasil na luta por medalha na Rio-2016.

Com ele em ótima fase, a seleção masculina estreará na Olimpíada neste domingo (7), às 14h15, contra a forte Lituânia, na Arena Carioca 1.

Atleta mais alto da seleção, com 2,11 m, Nenê ganhou uma importância vital na equipe depois que o técnico do Brasil, o argentino Rubén Magnano, perdeu dois de seus três pilares no garrafão.

Tiago Splitter, 31, do Atlanta Hawks, nem foi chamado para a Rio-2016. Ele passou por uma cirurgia no quadril em fevereiro e não se recuperou a tempo.

Já Anderson Varejão, 33, do Golden State Warriors, acabou cortado por causa de uma hérnia de disco. Para o seu lugar, o treinador chamou o jovem Cristiano Felício, 24, do Chicago Bulls.

Magnano sentirá falta da dupla, mas ressaltou a força de Nenê, que é o brasileiro que está há mais tempo na NBA e vai jogar a próxima temporada da liga por um novo time -acertou recentemente a sua transferência do Washington Wizards para o Houston Rockets.

"Eu estou muito feliz pelo Nenê. Ele tem se dedicado bastante e está em ótima forma. O Nenê tem um grande desafio, que é jogar uma Olimpíada em casa. Tenho muita confiança de que ele terá uma ótima participação", disse Magnano.

Nenê já criou muita polêmica na seleção pelos seus pedidos de dispensa. Muitos imaginavam que Magnano não o convocaria para Londres-2012 por ele ter se recusado a jogar a Copa América de 2011, por exemplo, mas o técnico o chamou.

Em 2013, quando o Rio recebeu o jogo de pré-temporada da NBA entre Chicago Bulls e Wizards, Nenê foi vaiado por não ter aceitado participar da Copa América daquele ano.

O pivô já admitiu que ficou triste com o episódio, mas prefere não voltar ao passado. Mais leve e sorridente, ele só pensa na Olimpíada.

"Isso já foi. Meu foco está no presente e no futuro. Temos uma seleção com jogadores de qualidade e podemos jogar contra qualquer equipe do mundo. Temos totais condições de ganhar uma medalha", disse Nenê.
Os Estados Unidos são os grandes favoritos ao ouro.

Mesmo sem saber se seria realmente convocado para a Rio-2016, Nenê abriu mão de um período das férias para iniciar os treinos preparatórios para os Jogos, em São Paulo. Começou os trabalhos em maio. A seleção se apresentou no fim de junho.

"A temporada terminou cedo para mim [em abril], e então comecei a me cuidar. Tive uma conversa com o Magnano na temporada passada e o apoio de várias pessoas, que me ajudaram muito."

Solícito com os pedidos de autógrafos e demonstrando muita raça nos amistosos, Nenê foi ovacionado pelos torcedores nos seis jogos que a seleção fez antes da Olimpíada. Era sempre o jogador mais festejado.

Contra a Lituânia, Nenê terá um papel fundamental, já que a principal estrela do adversário é um pivô. Trata-se de Jonas Valanciunas, 24, destaque do Toronto Raptors. Ele tem 2,13 m -dois centímetros a mais que o brasileiro-, é forte, ágil e talentoso.

"Vou fazer tudo o que estiver no meu controle. E da melhor maneira possível", disse um revigorado Nenê.

Brasileiros classificados para a Olimpíada

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