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Empresa irregular vendeu ingressos da abertura da Olimpíada a R$ 25 mil

A Polícia Civil do Rio investiga a venda irregular de ingressos por uma empresa inglesa, a THG, para diversas competições e a cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio.

Na sexta (5), um dos diretores da empresa, o irlandês Kevin James Marlen, 36, foi preso.

Para a cerimônia de abertura, o grupo vendeu 32 ingressos a US$ 8 mil (R$ 25,5 mil) cada um. As pessoas que adquiriram os bilhetes não assistiram ao evento.

Divulgação
Ingressos apreendidos em operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Ingressos apreendidos em operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro

A THG não tem autorização do comitê organizador dos Jogos para comercializar ingressos.

"Uma das linhas de investigação é que a THG comprava esses ingressos de uma empresa credenciada pelo Comitê Rio-2016. Eles eram oferecidos pela THG junto com pacotes de hospedagem", afirmou o delegado Ricardo Barboza.

No dia da cerimônia de abertura, a companhia convidou turistas estrangeiros e brasileiros para uma recepção em um flat na Barra da Tijuca. No evento, repassaria os ingressos. Todos vendidos em dólares.

Com autorização judicial, uma busca foi feita no sábado (6), dia em que a polícia conseguiu apreender no cofre de Marlen outros 781 ingressos das mais diferentes competições.

Havia bilhetes para a final do futebol e do basquete masculino, além das finais dos 100 metros rasos do atletismo.

Segundo a polícia, todos os bilhetes serão inutilizados pelo comitê organizador.

Kevin James Marlen foi levado para o complexo penitenciário de Gericino, onde está preso. O seu passaporte esta apreendido por determinação judicial.

A Folha ainda não conseguiu contato dos advogados de Kevin Marlen.

O Comitê Organizador Rio-2016 comentou em coletiva de imprensa a investigação sobre cambistas que estão atuando nos Jogos.

"Foram 40 pessoas presas só no domingo, por estarem vendendo ingressos de forma ilegal na porta do Parque Olímpico", disse Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016.

"A polícia civil com certeza vai entrar em contato com a gente depois da entrevista que eles estão dando para nos dizer o que pode ser feito, na tentativa de melhorar as coisas", completou.

Para o delegado Ronaldo Oliveira, chefe das delegacias especializadas da polícia do Rio, o esquema envolvendo a empresa e maior do que o descoberto na Copa.

"Aqui eles só atuavam com clientes VIPs diferente da Copa", afirmou.

De acordo com a polícia, os ingressos eram comercializados em dólar.

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