Quatro anos atrás quando o Brasil derrotou a Espanha campeã europeia de basquete masculino na Olimpíada de Londres, o resultado foi desdenhado. Era atribuído à fuga dos espanhóis, já classificados, do jogo contra os Estados Unidos.

Nesta terça-feira (9) vencer era fundamental para ambos, porque haviam sido derrotados na primeira rodada.

Houve momentos em que parecia que o time brasileiro venceria com certa folga. Mas logo os rivais encostavam, embora só tenham vencido o segundo quarto, por 19 a 16.

O clima na Arena Carioca era tão frenético que até Paul Gasol sentiu. A experiente estrela perdeu quatro lances livres decisivos e a disputa no rebote que permitiu ao brasileiro Marquinhos fazer de tapinha os dois pontos que deram a vitória ao Brasil, por 66 a 65.

Também pudera. Até coro de tomar naquele lugar fizeram em altos brados para Gasol.

Educado não é, embora o Mão Santa Oscar, comentarista da Fox, tenha minimizado a grosseria, com argumento aparentemente contraditório.

"Torcedor tem que fazer isso mesmo. Mas o cara nem ouve dentro da quadra, tão concentrado que está", explicou.

Marquinhos, o salvador da pátria ao faltarem cinco segundos, não cabia em si: "Sempre sonhei em decidir um jogo num ginásio lotado com um arremesso de três pontos ou com uma enterrada. Jamais de tapinha".

A cesta mais importante de sua vida, disse.