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Após mais um caso de bala perdida, segurança de Deodoro é reforçada

Uma bala foi encontrada numa cerca a 300 metros do estábulo dos cavalos da prova de hipismo, na manhã desta quarta-feira (10), informou o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, 64, responsável pela segurança do Complexo Esportivo de Deodoro.

Esse não foi o primeiro projétil encontrado no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro.No sábado passado (6), uma bala perdida atingiu a sala de imprensa do local. Ninguém ficou ferido e nenhum equipamento foi danificado.

Segundo o general, a Polícia Militar fez uma operação na favela Minha Deusa, no Jardim Sulacap, a dois quilômetros do Centro de Hipismo, para tentar localizar o autor do primeiro disparo. Nessa incursão houve troca de tiros e um suspeito foi preso.

"Quase fazemos uma relação, sem provas, de que no momento da operação foi quando um solado encontrou perto de uma caixa de gelo esse projetil, que estava intacto" disse o general, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

Ele disse que a operação foi resultado de uma investigação conjunta realizada pelo Centro de Operações Integradas, que envolvem autoridades da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e membros da Rio 2016.

O centro de hipismo não teria sido, portanto, um alvo proposital do disparo. Ele afirmou que a bala, de calibre 556, estava intacta. Isso significa que se trataria de uma bala perdida.

Tony Gentile/Reuters
Câmera filma furo em tenda do Centro Hípico, em Deodoro, que foi causado por uma bala perdida no sábado (6); outro projétil atingiu a instalação nesta quarta (10)
Câmera filma furo em tenda do Centro Hípico, em Deodoro, que foi causado por uma bala perdida no sábado (6); outro projétil atingiu a instalação nesta quarta (10)

"Quando ela vem direto, ela bate e fica danificada. Ela caiu sem força, de longe, numa trajetória descendente. Ele caiu do céu. É perigoso? É lógico que é, não importa", disse o general.

Apesar disso, ele afirmou que não existe risco para o pessoal que trabalha e compete no Complexo de Deodoro. E acrescentou que a segurança já está reforçada na região com a realocação de tropas.

"Dou minha palavra pela segurança de vocês. Eu queria dizer que criei minha família aqui. A Vila Militar é segura, tem 18 mil militares em 51 quartéis aqui. Onde vocês estão, pode caminhar aqui meia-noite, duas horas da manhã", disse o general.

ÔNIBUS
Sobre o ônibus que levava jornalistas de Deodoro ao Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e que teve duas janelas quebradas, o general insistiu que o incidente foi provocado por pedras.

"Infelizmente, isso está nos levando a crer, que garotos ou jovens, por intenções completamente errôneas, estão jogando pedras no ônibus, não sei por qual motivo", disse ele.

Shannon Stapleton/Reuters
Janela de ônibus da Rio-2016 foi atingida por objeto; organização diz que foi uma pedra, mas alguns passageiros insistem que foi uma bala
Janela de ônibus da Rio-2016 foi atingida por objeto; organização diz que foi uma pedra, mas alguns passageiros insistem que foi uma bala

Ele afirmou que a segurança da região de Deodoro foi planejada há dois anos. "Eu confesso que a Transolímpica ficou pronta agora perto da Olimpíada. Então essa ameaça de se jogar pedra apareceu agora", disse.

O comandante disse que tinha reforçado a segurança da via Transolímpica. E que agora vai aumentar em 400 homens o patrulhamento ao longo da Transolímpica e nos pontos que considerarem importantes.

Os cavalos da prova de salto estão no estábulo de Deodoro. Eles estão entre os mais caros do mundo. Só o cavalo reserva do Qatar, Palloubet D'Halong, foi comprado por 11 milhões de euros (R$ 38,5 milhões) três anos atrás.

Durante o dia, a imprensa internacional reclamou sobre o barulho dos tiros do exercício dos militares da região. Ele disse que vai interromper os exercícios durante o período de Olimpíada.

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