A última derrota da seleção feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos foi para a Coreia do Sul, adversária desta sexta (12), às 22h35.
No jogo da primeira fase da Londres-2012 que poderia ter eliminado a seleção que seria ouro posteriormente, a maior pontuadora foi Kim Yeon-Koung, com 21 acertos.
Eleita melhor jogadora da última Olimpíada, mesmo com a Coreia do Sul ficando na quarta colocação, Kim, 28, volta a ser a grande preocupação do Brasil. Agora no Maracanãzinho.
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Kim Yeon Koung salva ponto com manchete em partida contra Argentina |
Chamada de "fenômeno" por algumas das brasileiras, considerada a melhor do mundo por outras, a camisa 10 da seleção sul-coreana é a maior pontuadora dos Jogos do Rio, com 69 acertos. A melhor brasileira no ranking (16ª) é Natalia, com 36.
"A gente sabe que ela vai receber mais de 50% das bolas, que vai precisar de uma marcação especial, mesmo assim ela vai fazer ponto pra caramba", afirma o técnico José Roberto Guimarães.
A capitã sul-coreana fez 30 pontos na vitória contra o Japão, outros 20 na derrota diante da Rússia e 19 no triunfo contra a Argentina.
"Na posição é uma das melhores jogadoras do mundo. Tem uma característica de versatilidade incrível, difícil de ser marcada. É completa. No ataque ela dá aula. É a preocupação principal. Ela é impressionante", elogia Zé Roberto.
Quem conhece bem Kim é a central brasileira Fabiana. A capitã do Brasil jogou durante um ano com ela no Fenerbahçe, da Turquia, onde a sul-coreana está desde 2011.
"Ela é uma grande amiga minha, tenho amor muito grande por ela. No Fenerbahçe nos tornamos amigas e até hoje a gente se fala. Ela é uma grande pessoa e uma grande jogadora. Ela é muito engraçada, ela é muito simpática, até brinco que ela não é coreana. Na rede ela tira uma. A Sheillinha brinca muito com ela", diz Fabiana, considerada uma das melhores bloqueadoras da atualidade.
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Kim Yeon Koung prepara saque na Rio-2016 |
"Ela está entre as melhores jogadoras do mundo, é completa. É difícil pegá-la. Ela faz história, tem todos os golpes, ataca para tudo quanto é lado. E 90% do jogo a gente sabe que será em cima dela", explica a capitão brasileira, que disse ter feito provocações, em tom de brincadeira, à sul-coreana na Vila Olímpica.
Outra que pode tentar parar Kim é Thaísa, que voltou a jogar na última partida, após se recuperar de lesão.
"Para mim ela é a melhor ponteira do mundo, é muito boa jogadora, tem todos os golpes. Tem que tentar parar na defesa também, não só no bloqueio. É um fenômeno no vôlei", afirma Thaísa.
A "fenômeno" do vôlei, assim como Ronaldo, no futebol, tem a carreira marcada por graves lesões.
Kim Já passou por três cirurgias no joelho. Em 2008, perdeu a Olimpíada de Pequim por causa de contusão no tornozelo. Em 2015, lesionou o ombro e o calcanhar.
No Rio, ela está em plena forma. Resta saber se o Brasil conseguirá pará-la.