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Segurança é reforçada para evitar briga entre brasileiros e argentinos no basquete

O risco de novos conflitos entre torcedores brasileiros e argentinos levou os responsáveis pela segurança da Olimpíada a reforçarem, neste sábado (13), o policiamento em todo o Parque Olímpico da Barra, onde as seleções masculinas de basquete se enfrentam às 14h15.

A decisão foi tomada por conta da crescente animosidade vista nas arquibancadas, que culminou em uma briga de dois torcedores na partida de tênis entre o brasileiro João Sousa e o argentino Juan Martin Del Potro, na segunda (8).

A disputa no basquete entre os rivais sul-americanos é decisiva —com duas derrotas e uma vitória até agora, o Brasil precisa vencer para se classificar. A Argentina tem duas vitórias e uma derrota.

Também preocupa neste sábado a partida entre Argentina e Tunísia no handebol masculino, às 21h50.

A equipe de segurança prevê que muitos argentinos permanecerão na área interna do parque entre as duas partidas, possivelmente consumindo bebida alcoólica enquanto aguardam a noturna.

Por isso, homens da Força Nacional que estariam de folga irão reforçar a segurança no interior e fora das quadras de basquete e de handebol, além da área comum, o chamado Live Site.

Na Copa-2014, os torcedores argentinos foram um dos problemas da área de segurança: invadiram o Maracanã logo no primeiro jogo da seleção, contra a Bósnia, e foram apontados como responsáveis por um confronto nas ruas de Belo Horizonte.

Dessa vez, as forças de segurança não registraram a vinda dos Barra Bravas —violentos integrantes de torcidas organizadas, comuns em jogos de futebol—, mas o jeito provocador dos hermanos traz preocupação.

Para tentar acalmar os ânimos, representantes dos governos de ambos os países propuseram que os times de basquete entrem em quadra carregando a bandeira do vizinho, em vez da sua. O treinador da seleção brasileira é o argentino Rubén Magnano.

"Estamos conversando para evitar outros incidentes. A ideia é tentar estimular os atletas a mostrarem para o público que o respeito e a cordialidade no esporte existe", afirmou Luiz Lima, secretário brasileiro de Esporte de Alto Rendimento.

"Se os atletas mostrarem isso, essa atitude se espalha para os torcedores", disse.

Apesar do pedido às seleções, Lima diz não ter certeza se a troca de bandeiras realmente ocorrerá.

Para ele, a briga durante a partida de tênis foi um caso isolado, mas a rivalidade entre os torcedores é preocupante porque pode levar a casos mais sérios.

"A imagem [da briga] teve uma repercussão muito grande na Argentina e causou preocupação entre a gente. A Olimpíada é um momento de paz e união, não deve ter a mesma rivalidade que existe no futebol", afirmou Lima.

Segundo o secretário, a briga entre os torcedores não reflete o clima entre atletas brasileiros e argentinos.

"Temos uma relação extremamente pacífica no Parque Olímpico. A rivalidade que existe é esportiva e apenas nos faz crescer. Queremos que os atletas estimulem esse respeito", afirmou.

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