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Scheidt deve adotar estratégia agressiva por regata perfeita para tentar o bronze

Para se tornar o recordista isolado de medalhas olímpicas do país, Robert Scheidt, 43, terá que fazer o que nunca fez em Jogos. Precisa ser ofensivo na regata da medalha da classe laser nesta segunda-feira (15) e liderar a prova final.

Scheidt pode chegar no máximo ao bronze, em razão da pontuação acumulada após dez regatas.

Para isso, precisa colocar quatro barcos entre ele e o neozelandês Sam Meech –numa disputa com dez embarcações–, além de ficar a frente do francês Jean Baptiste Bernard e do inglês Nick Thompson.

Na prática, isso significa entrar para ficar em primeiro, avaliam o velejador e sua comissão técnica. Algo que Scheidt não precisou fazer em nenhuma das cinco medalhas que conquistou.

"Ele sempre teve um estilo conservador, porque era o mais rápido. Ele podia largar no bolo porque sabia que, na velocidade, ganhava dos adversários. Mas a classe mudou e tem outros tão velozes quanto ele. Vai precisar ser agressivo já na largada", diz Bruno Prada, companheiro de Scheidt na classe star, em que ganharam medalha em Pequim e Londres.

Agressividade na vela significa arriscar uma posição na flotilha longe dos adversários, a fim de aproveitar um vento ou correnteza diferente dos demais. Em geral, a largada define em que classificação o velejador terminará a regata.

Na vela, a última prova tem peso dobrado. Mas nove regatas anteriores também entram no cálculo da classificação geral –o atleta pode descartar o pior resultado registrado antes da "medal race".

Nas medalhas que conquistou, o brasileiro sempre entrou na última regata entre os três primeiros. Controlando a prova final, obteve dois ouros, duas pratas e um bronze. Sua melhor posição nesta etapa foi em Pequim, quando ficou em terceiro e subiu do bronze para a prata.

IDADE

Scheidt voltou em 2012 para a classe em que conquistou suas três primeiras medalhas após a star ser retirada do programa olímpico. Ela é uma das que mais exigem do físico do atleta, o que foi encarado como desafio para o brasileiro em razão da idade.

O retorno, porém, foi animador. Ele foi campeão no Mundial de 2013, principal competição do circuito, sendo o primeiro acima de 40 anos a conquistá-la.

Mas o domínio não foi o mesmo de anos anteriores. Ele ficou fora do pódio nos três Mundiais seguintes, sequência que nunca havia ocorrido em sua carreira.

Agora, ele precisa mudar seu estilo para chegar à sexta medalha olímpica.

"Não dá para pensar muito. É uma regata que tem que entrar para ganhar porque tem outros velejadores próximos da minha pontuação. Tem que ser mais agressivo, porque é a única chance que a gente tem", afirmou Scheidt.

BIMBA
O velejador Ricardo Winicki, o Bimba, ficou em 7º lugar na classificação geral na classe RS:X, após ficar em sexto neste domingo (14) na medalha da regata. Ele disputou sem chances de ir ao pódio.

"Estou muito satisfeito. Estou há 12 anos entre os dez melhores. Sabia que uma medalha era difícil, mas não impossível", disse ele.

Em sua quarta Olimpíada, o velejador lamentou o fato de a promessa de despoluição da baía de Guanabara não ter sido cumprida.

Mas afirmou que a operação para retirar o lixo flutuante funcionou, sem prejudicar as competições. Os organizadores usaram 12 embarcações para recolher a sujeira que vinha dos rios da região metropolitana.

Editoria de Arte/Folhapress
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