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No penúltimo dia de Paraolimpíada, Daniel Dias conquista sua 24ª medalha

O nadador Daniel Dias conquistou neste sábado (17) sua 24ª medalha em Jogos Paraolímpicos no revezamento 4 x 100m - 34 pontos. O Brasil chegou ao bronze numa chegada emocionante, na qual Phelipe Rodrigues conseguiu tirar uma diferença de 12 segundos para ir ao pódio.

Com as medalhas conquistadas no penúltimo dia de competição, o Brasil permanece na oitava posição do quadro com 14 ouros, 29 pratas e 28 bronzes.

Dias se torna o oitavo maior medalhista da história da Paraolimpíada, incluindo as edições de Verão e Inverno. Ele agora acumula 14 ouros, sete pratas e três bronzes, desde Pequim-08. É também o homem com mais medalhas na natação paraolímpica.

O Brasil chegou ao pódio com o tempo de 4min17s51, 11s atrás da China, que ficou com o ouro, e Ucrânia.

Sergio Moraes/Reuters
Daniel Dias após competição nos 50 m costas
Daniel Dias após competição nos 50 m costas

A equipe nacional começou atrás na prova, permanecendo na última colocação até a virada dos 250m. Quando Phelipe caiu na água, o Brasil era o quinto.

Essa arrancada se deve à estratégia adotada. As equipes têm de formar times com atletas de diferentes graus de deficiência. Cada uma define a ordem com que eles caem na água. Phelipe é da classe S10, a com menor grau de comprometimento. Formam também a equipe André Brasil e Ruan de Souza.

Dias havia vencido minutos antes a prova dos 100m livres, classe S5, o que já havia lhe garantido lugar entre os dez maiores medalhistas da história dos Jogos Paraolímpicos e o homem com os melhores resultados da trajetória de seu esporte.

Ele venceu com o tempo de 1min10s11. A prata ficou com o norte-americano Roy Perkins e o bronze, com o britânico Andrew Mullen. No pódio, convidou o presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Andrew Parsons, para cantar o hino ao seu lado.

A maior medalhista dos Jogos é a a nadadora Trischa Zorn, dos EUA, com 55 medalhas (41 ouros, 9 pratas e 5 bronzes).

Dias, que tem má formação congênita que afetou dois braços e uma perna, teve um início tardio na natação, aos 16, depois de assistir aos Jogos Paraolímpicos de Atenas-2004 e se encantar com os feitos de Clodoaldo Silva, grande nome do país naquela edição.

Apenas quatro anos foram suficientes para que ele brilhasse em Pequim-2008 e, depois, em Londres-2012.

Até hoje ele treina em uma piscina pequena em Bragança Paulista, a 83 km de São Paulo. Isso nunca foi um impeditivo para que sobressaísse em nível internacional.

Em 2009, 2012 e 2016 ele ganhou o Prêmio Laureus, o mais relevante do esporte, como melhor atleta com deficiência do mundo.

Bob Martin/AFP
Futebol de 5 foi tetracampeão
Futebol de 5 foi tetracampeão

É TETRA

Invicta, a seleção brasileira de futebol de 5, disputado por atletas com deficiência visual, chegou ao topo do pódio e sagrou-se tetracampeã paraolímpica.

Com um gol de Ricardinho, feito logo no início da primeira etapa, o elenco nacional venceu o Irã, por um a zero.

MORTE NO CICLISMO DE ESTRADA

Na prova em que os brasileiros conquistaram a prata, a Paraolimpíada viu sua primeira morte em competição da história.

O iraniano Bahman Golbarnezhad, 48, morreu ao sofrer uma queda durante a prova no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

Divulgação
Ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad
Ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad

MAIS MEDALHAS

O dia foi laureado para o Brasil. Na natação, além das conquistas de Daniel Dias, Joana Maria Silva foi bronze nos 100 m livres.

No atletismo, foram 3 pratas. Shirlene Coelho, no arremesso de disco; Petrucio Ferreira dos Santos, nos 400 m T 45/46/47, para atletas amputados; e Felipe Gomes, nos 400 m T 11, para atletas cegos.

Bronze no tênis de mesa por equipes, tanto masculino quanto no feminino. Bruna Costa e Danielle Rauen venceram dupla australiana. Aloisio Lima, Guilherme Marciao da Costa e Iranildo Conceição Espindola venceram equipe da Eslováquia.

A equipe feminina de vôlei sentado também foi bronze, ao vencer a Ucrânia por 3 sets a 0.

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