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31/07/2007

Com preservativos nos sabores chiclete ou pan massala, a Hindustan Latex quer conquistar o mundo

 

É um preservativo de um novo tipo que acabou provocando um escândalo político. Em março, a Hindustan Latex Limited (HLL) lançou o Crezendo, uma caixa que contém diversos preservativos, os quais são dotados na sua base de um anel vibrador e vêm acompanhados de um passaporte que inclui um carimbo do visto "Commonwealth - Associação de Territórios - do 7º Céu".

Algumas semanas mais tarde, Kailash Vijayvargiya, o ministro de questões públicas de Madhya Pradesh, um Estado do centro da Índia, afirmou indignado que aquilo era um escândalo e exigiu a proibição do preservativo, considerado como "um brinquedo sexual, contrário à moral e às tradições indianas". Em vão, uma vez que o ministro indiano da saúde incentivou finalmente o fabricante indiano e louvou a sua inventividade.

Por trás deste escândalo político esconde-se uma concepção de marketing revolucionária do preservativo, a qual, aliás, está na origem do sucesso desta empresa pública. Após ter escapado por pouco da falência, há trinta anos, a HLL está prestes a se tornar o segundo fabricante mundial do setor. Ela desenvolveu produtos adaptados ao mercado local, e às situações por vezes constrangedoras enfrentadas pelos seus usuários.

Assim, os preservativos da HLL são perfumados com fragrâncias de jasmim, de almíscar, de rosa ou ainda de pan massala, uma especiaria muito apreciada neste país. A HLL também foi a primeira a se preocupar com o caso dos homens que sofrem de problemas de ereção, lançando no mercado o preservativo "all night" (noite inteira), que supostamente é capaz de garantir a ereção por uma longa duração. Além disso, para aqueles que se sentem perdidos em meio à escuridão do seu quarto, o preservativo fluorescente põe um fim às suas preocupações.

Parto a R$ 90
O fabricante indiano também investiu na tecnologia do preservativo. Os engenheiros da companhia desenvolveram máquinas de testes, e, para a terceira fábrica, que em breve será inaugurada em Thiruvananthapuram, no sul da Índia, eles conceberam as próprias máquinas de produção.

Os novos preservativos foram comercializados no quadro de uma campanha publicitária de grande vulto. Por ocasião do lançamento, os outdoors traziam os dizeres: "A única vez em que ela apreciará as fricções na relação do casal", ou ainda, "A única vez em que ela não se queixará de que você está atrasado".

E deu certo: a HLL em breve vai produzir 1,5 bilhão de preservativos, por um faturamento anual de cerca de 50 milhões de euros (cerca de R$ 130 milhões), ou seja, o dobro daquele de 2001. O seu objetivo é de alcançar um faturamento de 200 milhões de euros (pouco mais de R$ 520 milhões) em 2010, contando com um mercado interno em pleno crescimento (70% da população indiana tem menos de 30 anos).

A HLL pensa até mesmo naqueles que não utilizam preservativos. Para eles, a companhia implantou um programa de construção de hospitais nos quais as diferentes etapas do parto custarão apenas 35 euros (R$ 90), "tarifa que inclui três dias de hospitalização", diz M. Ayyappan, o diretor geral da companhia. Estes estabelecimentos de um novo tipo, concebidos para tornar-se "clínicas privadas de baixo custo" - subentendido, de melhor qualidade do que os hospitais públicos, porém mais em conta do que os hospitais privados -, estão instalados em áreas semi-rurais, na periferia das cidades médias, e não contam mais do que 25 leitos.

Por fim, a companhia indiana também pretende conquistar os mercados externos. Ela já está atuando em 70 países, e vende 120 milhões de preservativos por ano no continente africano. Daqui para frente, ela quer conquistar a Europa, lançando mão do método que deu tão certo para ela até agora. Atendendo a um pedido de um distribuidor francês, a HLL vai fabricar o primeiro preservativo com perfume de chiclete para o mercado hexagonal. Os fabricantes franceses deveriam pensar em se preparar para enfrentar esta tremenda concorrência.

Julien Bouissou
Correspondente em Nova Déli
Tradução: Jean-Yves de Neufville
Le Monde

As informações são do Portal UOL.

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