”Os nossos parlamentares gostam de legislar em causa própria a fim de se perpetuarem no poder ou, então, criar dinastias e outras sinecuras para si, seus amigos e familiares. A essência deste poder é elaborar leis necessárias ao desenvolvimento do país criando meios para um bom desempenho do poder
Executivo, fiscalizando este e tendo como árbitro o poder Judiciário.

A boa democracia se sustenta nesse tripé: Executivo, Legislativo e Judiciário. Sabemos que os cargos eletivos, num regime democrático, são exercidos por mandatos temporários visando à rotatividade no exercício da função Em verdade, para tristeza nossa, estamos assistindo ao desmoronamento do poder Legislativo brasileiro, insuflado pela má qualidade de muitos dos seus membros, assim como, pela incoerência de alguns itens do regimento interno e outros dispositivos que regem o funcionamento da Casa.

Assim, aparecem anomalias de gestão que proporcionam malversação do dinheiro
público nas emendas no orçamento da União em que os parlamentares beneficiam
as suas bases eleitoreiras e a si mesmos, em seus respectivos feudos. Se a lei deve ser igual para todos, esses privilégios são abusivos.

As próximas eleições se aproximam e não enxergamos nenhuma melhoria, a curto
e médio prazo, no âmago do Legislativo. Para melhorar os quadros e dar consistência a esse poder, ter-se-ia que mudar tudo, fazendo com que cada
cidadão postulasse apenas uma só vez um mandato eletivo, proporcional ou
majoritário, aos níveis municipal, estadual e federal”,
José Batista Pinheiro, Fortaleza (CE) - batistapinheiro@fortalnet.com.br