Indústria
fecha semestre em recessão
A indústria brasileira fechou em recessão
o primeiro semestre deste ano e acentuou em junho os dados negativos
da produção, registrando estagnação
(0,1%) no primeiro semestre e queda de 2,1% na produção
em junho ante igual mês de 2002. O alerta é do Instituto
de Geografia e Estatística (IBGE).
O coordenador do Departamento de Indústria
do IBGE, Silvio Sales, disse que a piora do quadro industrial, no
período de abril a junho, pode ser explicada pela queda da
demanda doméstica, por causa da baixa capacidade de consumo
interno. Na comparação com iguais trimestres de 2002,
a produção da indústria cresceu 2,5%, nos primeiros
três meses e registrou queda de 2,1% no período consecutivo.
Quem mais sofre são as micro e pequenas empresas,
que vivem seu pior momento desde o início do Plano Real,
em 1994. Em termos de faturamento real, por exemplo, essas empresas
amargaram uma perda de 52,6% só nos últimos cinco
anos. No mesmo período, o nível de pessoas empregadas
no segmento caiu 10% e os gastos totais com salários (descontada
a inflação) recuaram 31,7%.
De acordo com o IBGE, as micro e pequenas empresas
empregam cerca de 60% da população ocupada no setor
privado no Brasil. O estado de São Paulo tem 1,3 milhão
de micro e pequenas empresas do total de quatro milhões,
o que representa cerca de 30% do setor.
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