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leitura oficial
12/11/2004
Livro "100 brasileiros"é lançado no Rio

A história de um menino de rua que se transformou em pedagogo e de uma menina pobre com problemas visuais que se tornou professora universitária estão entre as cem biografias que fazem parte do livro “100 brasileiros”, lançado ontem na Biblioteca Nacional, no Rio. Coordenada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e produzida pela Biblioteca Nacional, a obra faz parte da campanha “O melhor do Brasil é o brasileiro”, promovida pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Reúne histórias de brasileiros de destaque em áreas como esporte, arquitetura, música e ciência, mas algumas ausências já foram sentidas.

"É importante para a nação saber valorizar seus elementos distintivos. Um dos objetivos é incentivar a multiplicação de heróis, desde pessoas já conhecidas a pessoas desconhecidas que merecem ser enaltecidas por suas posturas exemplares. Pode servir de estímulo a um processo de fortalecimento da identidade cultural brasileira", disse o ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação.

“A cobrança significa que há muitas personalidades”.

As personalidades foram escolhidas por especialistas indicados pelos ministérios. A maioria dos personagens já morreu, mas há personalidades vivas nas categorias de arquitetura, cinema, esportes e heróis desconhecidos. Apenas os nomes dos atletas foram selecionados pelo Ministério dos Esportes através de uma consulta aos internautas, que deixaram de fora o jogador Ronaldinho, por exemplo.

Entre os brasileiros homenageados estão Oscar Niemeyer, Aleijadinho, Oswaldo Cruz, Glauber Rocha, Grande Otelo, Ayrton Senna, Pelé, Duque de Caxias, Juscelino Kubitschek, Chico Mendes, Jorge Amado, Tom Jobim, Elis Regina, Darcy Ribeiro, Nelson Rodrigues e personagens históricas como Zumbi dos Palmares e Tiradentes. O ministro Gushiken já espera que sejam cobradas as ausências de várias pessoas que também fazem parte da História do país, mas justifica:

"A cobrança de ausências significa que há muitas personalidades importantes".

São todas biografias resumidas de uma página acompanhadas de uma foto. Pelo menos uma delas, a do cineasta Mário Peixoto, repete um equívoco comum. O texto cita que seu filme “Limite” conquistou até Eisenstein entre os admiradores, mas o diretor russo nunca elogiou esse filme. O equívoco se deve a um artigo falsamente atribuído a Eisenstein que foi divulgado.

Foram editados 5 mil exemplares destinados a bibliotecas, associados da ABA e formadores de opinião. A obra também estará disponível a partir de terça-feira pelo site www.brasil.gov.br/100brasileiros.

Protesto de servidores
Ao chegar ao lançamento do livro, o ministro Gushiken encontrou faixas de protesto na entrada da Biblioteca Nacional. Os servidores do Ministério da Cultura entraram em greve ontem por reajuste salarial e contratação de funcionários. O ministro considerou o fato normal, típico de países democráticos e disse que cabe ao governo garantir o funcionamento das instituições.


CRISTIANE DE CÁSSIA
do jornal O Globo

   
 
 
 

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