HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

integração
14/09/2006

Segurança Pública virá da Universidade

Erika Vieira

A Segurança Pública brasileira se une a educação para modificar o caráter das ações realizadas no país. Vinte e duas universidades federais e particulares oferecerão cursos de pós-graduação a policiais e bombeiros para produzirem estudos acadêmicos que compreendam a sociedade, a fim de implantar medidas de segurança a partir da mudança de comportamento da população. A proposta faz parte da Rede Nacional de Especialização em Segurança Pública lançada oficialmente hoje em Brasília.

”Qualquer país que avançou nessa área [Segurança Pública] não foi só investindo na polícia. A sociedade avança investindo na academia”, diz o secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa. Ele explica que a formação dos profissionais de segurança muitas vezes ficam deslocados do contexto social, sendo, portanto necessário a interferência da universidade para integrar o conhecimento prático dos policiais com o dos estudiosos. “Precisamos de educação em segurança pública e não só capacitação”, justifica ele.

Policiais federais, militares, civis, rodoviários, guardas municipais e bombeiros com curso de graduação podem cursar a pós. Os interessados devem procurar as instituições de ensino ou universidades. O trabalho de conclusão de curso dos melhores classificados serão voltados para as políticas de segurança do governo. Diretores de ensino de todo país com agentes do governo elaboraram o currículo. Universidades da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul já colocaram em prática. No Sergipe, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Roraima, Amazonas, Pará, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso começa em outubro. Cada curso vai atender as necessidades locais e peculiaridades de cada Estado.

Direitos humanos é o eixo centralizador dessa nova formação. Desde 1994 diversos paises firmaram com a ONU um acordo para tratar com mais importância o assunto. Apenas em 2003 o governo brasileiro começou a pensar não apenas como uma disciplina a mais no currículo dos profissionais, mas como um tema transversal.

”Depois da Ditadura Militar o país se dissociou do assunto de segurança pública, porque os órgãos de segurança ficaram estigmatizados com a repressão. Falar em segurança ficou como falar apenas em polícia. Colhemos o fruto disso hoje, não temos pensadores em segurança pública”, lamenta o secretário. “Agora com a articulação do Ministério da Educação com o da Segurança o país inaugura uma nova fase”, fala Corrêa.

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANteriores
13/09/2006
Iniciativas na "cracolândia"
13/09/2006 Conselhos de municípios fracassam na fiscalização
13/09/2006 Faltam 710 mil professores no país
12 /09/2006
Jovens produzem documentário para ser exibido em escolas da própria comunidade
06/09/2006
Dia da Alfabetização aproxima-se e a taxa continua alta
05/09/2006
Movimento Compromisso Todos pela Educação
05/09/2006
Experiências educacionais que deram certo na cidade de São Paulo
04/09/2006
'É preciso formar uma rede de 'educochatos' no País'
29/08/2006
Empresas promovem inclusão via artes
25/08/2006
Enem tem resolução comentada ao vivo pela Internet e TV aberta