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  economia
18/11/2003
Comércio dá sinais de aquecimento

O consumidor está comprando mais à vista e a prazo e utilizando as sobras do final do mês para quitar dívidas. É o que constata a Associação Comercial de São Paulo em levantamento feito na primeira quinzena deste mês.

Do dia 1º ao dia 15 deste mês, as consultas ao Usecheque, indicador das vendas à vista, subiram 4,8% na comparação com igual período de 2002. É a primeira vez, desde fevereiro deste ano, que esse número é positivo na comparação com o ano passado.

As consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), termômetro das vendas a prazo, cresceram 8,5% no mesmo período. "A impressão que temos é que o consumidor está utilizando mais cheques pré-datados por conta do 13º salário", afirma Emílio Alfieri, economista da associação.

A associação identificou também na primeira quinzena deste mês uma preocupação maior do consumidor em pagar dívidas. O número de carnês em atraso quitados nos primeiros 15 dias deste mês foi 12,4% maior do que o verificado em igual período de 2002.

"Esses dados mostram que a indústria e o comércio deverão ter um final de ano positivo. Na média, as vendas neste mês estão 6% maiores do que as de igual período do ano passado", diz Alfieri.

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo ainda não constatou aumento de vendas no comércio. Em outubro, o faturamento real das lojas caiu 10,7% na comparação com igual período do ano passado. De janeiro a outubro, a queda foi de 3,3%.

A federação nota alguma recuperação no consumo em outubro na comparação com setembro, quando o faturamento real do comércio subiu 9,3% -tradicionalmente esse crescimento é da ordem de 6%. "O que dá para dizer, por enquanto, é que há um clima de mais otimismo por conta da queda dos juros", afirma Oiram Corrêa, gerente da assessoria econômica da federação paulista.

Para Adriano Pitoli, economista da Tendências, os dados da associação somados a outros indicadores, como o aumento de 4,3% da produção industrial em setembro, segundo o IBGE, indicam que a economia reagiu e que esse crescimento deve ser sólido.

A redução das taxas de juros e o alongamento dos prazos de financiamento são políticas que o governo deve manter, diz. Isso significa que as vendas de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, devem continuar puxando para cima a receita das lojas.

Para os economistas, também houve uma melhora das expectativas dos consumidores em relação às condições futuras


Fátima Fernandes,
da Folha de S.Paulo.

   
 
 
 

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