educação
20/08/2007

Professores explicam a paralisação marcada para sexta-feira

“Estamos há 12 anos vivendo sob uma política de bônus e gratificações”.

João Batista Jr

“A paralisação não é por conta da proposta do bônus, e sim porque queremos um plano de carreira e melhores salários.” Quem informa o motivo do protesto de professores programado para a próxima sexta-feira, 24, é Carlos Ramiro de Castro, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

“Estamos há 12 anos vivendo sob uma política de bônus e gratificações.” A crítica é às administrações tucanas. “O [Mário] Covas, para se reeleger, prometeu aumentar a remuneração para cinco salários mínimos”. Hoje o piso da categoria é de R$ 668. “Queremos que nosso piso seja calculado pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sócio-econômicos].” Em junho, o instituto avaliou que o ideal para o mínimo seria de R$ 1.626,56.

Para Ramiro, a gratificação dos professores que apresentarem bom desempenho é até válida, mas desde que exista um “salário digno e planos de carreira” para a categoria. “Não adianta viver apenas sob política de bônus; professor precisa de salário bom.”

O presidente do sindicato diz que a proposta da nova secretária da Educação, Maria Helena Guimarães, é falha. “Estamos há 12 anos vivendo sob uma políticas de premiações; se isso fosse bom, o ensino paulista teria qualidade.”

Vários Fatores
A política salarial ancorada em gratificações trouxe uma desmotivação ao professorado, avalia o sindicato da categoria. “E isso tem conseqüência direta na qualidade do ensino.”

Outros fatores que prejudicam o aprendizado são as “salas superlotadas, a falta de infra-estrutura adequada e a aprovação progressiva”. “Hoje tem aluno que passa menos de quatro horas em uma classe com 40 alunos. Como ele poderia aprender?” Segundo dados da Secretaria da Educação, existem cerca de 220 mil professores na rede estadual de ensino.

A paralisação conta com o apoio de outras entidades ligadas ao magistrado, como o Centro do Professorado Paulista (CPP) e Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação (AFUSE).

   
 
   
 

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