lançamento
24/12/2007

Guia mostra os atrativos para o público GLS
que visita São Paulo

João Batista Jr.


"A intenção é orientar o público gay que chega à cidade." A frase é de Sérgio Ripardo, editor de Ilustrada da Folha Online, em referência ao recém-lançado "Guia GLS – São Paulo" (Publifolha, R$ 34,90), livro que lhe tomou um ano de pesquisa até chegar às livrarias neste mês.

Embora a capital paulista seja a que receba mais turistas - brasileiros e estrangeiros - devido ao grande número de feiras, eventos e negócios realizados na cidade, ainda não havia um guia publicado por uma grande editora que sistematizasse os serviços prestados para o público gay. "Mas o livro não é para as pessoas se fecharem em um gueto", informa Ripardo. "O que eu fiz foi uma seleção dos locais que respeitam a diversidade, mas que também são freqüentados por héterossexuais."

Estão presentes no livro cerca de 200 estabelecimentos – entre restaurantes, hotéis, bares, boates e museus. Apenas cinco locais visitados por Ripardo - um hotel, uma doceria e três restaurantes – não aceitaram ter seus nomes em uma guia GLS. "O número é pequeno para que os gays não tenham onde comer", ironiza o autor.

O turismo GLS é importante para a economia de São Paulo. A Parada do Orgulho GLBT é hoje o evento que mais atrai turistas à cidade. De acordo com a SPTuris, 37,5% dos 3,5 milhões de presentes na Parada de 2007 são de outras cidades.

"Os empresários estão de olho nessa fatia de mercado", conta Mônica Miotto Leles, sócia da We Viagens GLS, operadora especializada em turismo para homossexuais. "Além da Parada, muitos gays visitam a cidade para curtir festas especiais promovidas pela The Week", diz ela, em referência ao atual clube gay mais importante da cidade.

Expansão
Os Jardins e o centro são as áreas que mais concentram serviços para o púbico GLS, tanto para os de alta quanto para os de baixa renda. "Os gays transformaram a dinâmica de algumas ruas, como a Frei Caneca, a Augusta e a Bela Cintra, atraindo investimentos com a abertura de lojas, restaurantes e clubes."

Mas essas regiões estão saturadas. A escassez de imóveis disponíveis, o valor alto do aluguel e a concorrência fazem com que os empresários da noite olhem para a Zona Oeste com bons olhos. "Isso acontece porque a área conta com galpões grandes vazios e o índice de problemas com vizinhança é quase nulo." Hoje, os maiores clubes GLS da cidade ficam na região: The Week (Lapa), Flexx e Blue Space (Barra Funda), Pacha (Vila Leopoldina) e Bubu (Pinheiros).

Serviço
O Guia GLS – São Paulo conta com mapas das áreas que concentram mais serviços para o público gay, assim como indica as melhores formas de acesso para todos os locais indicados. Existe a possibilidade de o guia ser editado em inglês.

   
 
   
 

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