Erika Vieira
As escolas públicas do Estado de São Paulo
já começam a dar lição desde a
construção, isso porque os presos aproveitam
o processo para aprenderem uma profissão. A Fundação
de Amparo ao Preso (Funap) em parceria com a Fundação
para o Desenvolvimento da Educação (FDE) firmaram
um acordo que determina a contratação de presidiários
na construção de escolas estaduais.
A determinação vigora desde setembro de 2005,
sendo válida somente para presos em regime semi-aberto,
que saem para trabalhar durante o dia e retornam a prisão
à noite. Dos empregados contratados para cada construção,
10% têm que obrigatoriamente serem presidiários.
O objetivo é que os em processo de liberdade aprenda
uma profissão para quando deixar a penitenciária.
O contrato entre os internos e a empreiteira é feito
pela Funap, que também indica as pessoas a serem contratadas.
A cada três dias trabalhados eles têm reduzido
um a menos na pena, além de receberem um salário
mínimo.
Essa iniciativa é recente em construção
de escolas, porém em outras áreas há
algum tempo resulta êxito. Um ex-presidiário
encaminhado pela Funap para trabalhar na confecção
de bichos de pelúcia, durante o cumprimento da pena,
hoje em liberdade, montou sua própria fábrica
e pretende admitir mão-de-obra de presos para ampliar
seus negócios.
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