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REFLEXÃO


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27/04/2006 
Escola no Hospital do Câncer

Erika Vieira

O Hospital do Câncer AC Camargo, na cidade de São Paulo, é o único do país a ter uma escola que funciona dentro do próprio instituto, voltada para crianças e adolescentes. A Escola Especializada Schwester Heine fica instalada no setor da pediatria. Trabalha com os pacientes a fim de fazer um acompanhamento escolar que os possibilite a dar continuidade ao aprendizado obtido na escola de origem da criança, amenizando assim o processo doloroso do tratamento.

"Mais do que máquinas precisamos de humanidade, mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura", baseada nesse principio de Charles Chaplin que o projeto é desenvolvido. Além de ensinamento pedagógico a escola se dedica a disseminar carinho e afeto, estimulando a capacidade de recuperação dos pequenos pacientes.

A escola é composta por 10 professores da rede municipal e dois da estadual. Criada em 1987 - fruto de um convênio firmado entre a Fundação Antonio Prudente, a Prefeitura do Município de São Paulo e a Secretaria Estadual de Educação do Estado - recebeu o nome em homenagem a enfermeira alemã Heine, da Cruz Vermelha na década de 40, que conscientizava seus pacientes sobre a importância da educação.

Os professores trabalham para que os alunos não se desliguem da vida escolar que tinham antes de serem internados. Facilitando a readaptação quando retornam para casa ao fim do tratamento. Para isso, fazem acompanhamento diário das atividades escolares, excursões, festas e reunião de pais, tudo igual ao que tem na escola convencional.

No quinto andar da pediatria a escola atende as crianças de tratamento em estágio agudo, desenvolvendo atividades lúdicas, pedagógicas e acompanhamento escolar. As disciplinas bases ensinadas são português, matemática, ciências e assuntos temáticos como meio ambiente, copa do mundo, folclore e eleições. Os educadores intercalam a cada brincadeira uma tarefa escolar.

Já na unidade da oftalmologia a atenção é dada para a pré-alfabetização, pois a maioria dos pacientes são menores de seis anos. Os atendidos nesse setor têm o campo visual afetado, sendo necessário que os professores trabalhem com atividades que estimulem cada vez mais o tato e a percepção. Como resultado disso, as crianças criaram um dicionário com todos os objetos que são usados na enfermaria de oftalmologia. O ensino é feito em parceria com o Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual).

Para descontrair o clima de tensão da sala de espera foi criada a brinquedoteca. Enquanto aguardam o agendamento do atendimento ambulatorial os professores distraem e educam simultaneamente.

Além de educar a escola estimula os jovens a não perderem a paixão pela vida. O resultado positivo disso, por exemplo, são três adolescentes que montaram uma banda dentro do hospital. Essa escola não tem férias e todos os alunos gostam de participar.

   
 
 
 

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