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A inflação voltou
a subir no município de São Paulo após
seis quedas consecutivas. O IPC (Índice de Preços
ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas, da USP), subiu para 0,38% na
segunda quadrissemana de março período de 30
dias até 15/03.
O índice vinha desacelerando
gradualmente nas seis semanas anteriores. Na divulgação
da semana passada, referente à primeira quadrissemana
de março, o IPC-Fipe havia ficado em 0,30%, contra
0,36% no encerramento de fevereiro.
Nos últimos 30 dias, a maior
alta entre os grupos que compõem a pesquisa da Fipe,
foi do Transportes, de 1,92%. Os demais itens apresentaram
as seguintes variações: Saúde (0,45%),
Habitação (0,28%), Alimentação
(0,16%), Educação (0,14%), Despesas Pessoais
(-0,40%) e Vestuário (-0,76%).
A aceleração do grupo
Transportes foi puxada, principalmente, pelo reajuste no preço
das tarifas de ônibus urbano. O aumento de R$ 1,70 para
R$ 2 no ônibus da cidade passou a valer no dia 5 deste
mês.
Segundo cálculos do coordenador
do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, esse reajuste deve causar impacto
de aproximadamente 0,55 ponto percentual na inflação
de março, elevando a taxa para 0,80%.
Se confirmada essa estimativa, além
de mais que dobrar em relação a fevereiro, será
a maior variação mensal desde agosto último
(0,99%). Em março do ano passado, a inflação
da cidade ficara em 0,12%.
De acordo com Picchetti, o transporte
público representa, na média, 5,9% das despesas
do paulistano que tem renda de até 20 salários
mínimos, sendo que a maior parcela, de 4,4%, provém
de gastos com ônibus municipal.
IVONE PORTES
da Folha Online
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