SÓ SÃO PAULO
HOME | NOTÍCIAS | COLUNAS | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
suspensão de obras
22/03/2005
USP Leste sofre embargo em obras por falta de licença
 

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente embargou as obras da USP zona leste, que foi construída à margem da lei que trata da instalação de empreendimentos em São Paulo. O campus não tem a licença de operação, embora as aulas na unidade tenham começado no dia 7 de março.

O embargo ocorreu no dia 14 deste mês, quando foi realizada uma vistoria no campus por técnicos da secretaria, do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais) e do conselho gestor da APA Várzea do Tietê, uma área especialmente protegida por margear o rio.

A vistoria ocorreu depois que a Folha, com base em pesquisa no próprio site da secretaria, consultou a pasta sobre as condições do licenciamento do novo campus.

O site diz que a universidade, que mantém um curso de gestão ambiental no campus, requereu a licença de instalação, já contava com a licença prévia.

A lei em vigor prevê três fases: a licença prévia, a licença de instalação (que autoriza o início da implantação) e, finalmente, a licença de operação (que autoriza o início da atividade licenciada).

Embora já tenha inclusive 1.020 alunos, a universidade abriu o processo de licença de instalação somente em janeiro, quando as obras estavam praticamente prontas, o que, de acordo com a legislação, é infração ambiental.

O site informa que foi aberto no dia 20 de janeiro o processo da licença de instalação, que começou a ser analisado em 25 de fevereiro, mas não foi concluído.

De acordo com a assessoria do secretário José Goldemberg (Meio Ambiente), a universidade está proibida de continuar qualquer tipo de obra na área, de 1,2 milhão de m2.

O conselho gestor da APA, uma área total de 7.400 hectares regulamentada em 1998, é presidido por uma funcionária da secretaria, Márcia Maria do Nascimento.

O promotor Carlos Alberto de Salles, secretário da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de São Paulo, informou que desconhecia a irregularidade.

A assessoria da secretaria afirmou que vai apurar se será necessário que a USP firme um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para se regularizar.

Para poder construir na área, a USP deveria ter antes o aval do Daia (Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental) da Secretaria do Meio Ambiente.

A Promotoria do Meio Ambiente vai apurar se há irregularidades nas obras.

Outro lado
Wanderley Messias da Costa, prefeito do campus da USP da capital, disse que "de modo algum" as obras na zona leste foram embargadas. Ele afirmou na semana passada que o campus tinha uma licença prévia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e que entrou com o pedido de instalação. "Cumprimos todas as exigências", afirmou.

Segundo Costa, no último dia 11 foi feita uma vistoria no local e, em seguida, houve a expedição da licença necessária. Ele disse que a Folha poderia comprovar suas afirmações com a secretaria que, no entanto, confirmou o embargo das obras.

O prefeito afirmou também que a universidade realiza a recuperação ambiental do local, que é uma área de proteção ambiental. "Plantamos 2.800 espécies nativas e faremos a recuperação das matas ciliares."

As informações são da Folha de S. Paulo.

notícias ANTERIOREs:
21/03/2005 Com público fraco no centro, Serra anuncia novo Domingo na Paulista
18/03/2005 Reajuste do ônibus faz inflação subir após 6 semanas em baixa, diz Fipe
18/03/2005 Febem terá programa social para famílias dos internos
14/03/2005 Conselho pede extinção da Febem de SP
14/03/2005 Evento localiza SP como marco literário
11/03/2005 Grupos universitários oferecem bolsas de curso de inglês em SP
11/03/2005 Sociedade Paulista do Trote dará lugar a parque
09/03/2005 SP terá "blitz" para tirar crianças pedintes das ruas
08/03/2005 Caminhada em São Paulo marca o Dia Internacional da Mulher
08/03/2005 Rebouças precisa de obras em novos trechos