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Dia 29.08.00

 

 

1511 empresas sofreram fraude nos últimos anos, afirma perito

Jota Ribeiro
Equipe GD

Em tese defendida na Faculdade de Economia, Administração e contabilidade (FEA) da USP, o professor Marcelo Gomes detectou despreparo de empresas na prevenção de fraudes. A tese tem por base uma pesquisa realizada em 1511 empresas brasileiras, no período compreendido entre 1996 e 1997. Das empresas pesquisadas, todas tinham sofrido alguma forma de fraude. Desse montante, o professor trabalhou diretamente como investigador em 90 dos casos, encontrando crimes como desvios de capital, extorsão, estelionato e até mesmo formação de quadrilha.

"Qualquer ato ilícito efetuado de má fé por um ou mais funcionários é uma fraude. Seja simples furto de material de escritório, ou delitos mais graves, como desvios de recursos da empresa" explica o professor. Para a prevenção desses problemas, Gomes propõe uma serie de medidas. Entre elas, se destaca o papel do setor de RH no acompanhamento do nível de satisfação dos funcionários, para identificação de eventuais problemas pessoais ou financeiros. Até antes, no momento da contratação, checando os antecedentes do candidato.

Para Gomes o empenho social das empresas reflete no ambiente de trabalho. "Atividades filantrópicas promovidas pela empresa e comunicadas aos seus funcionários também podem ajudar na prevenção de fraudes", aponta o professor. Segundo Gomes, essas atividades contribuem na criação de uma imagem positiva da empresa para os funcionários.

Caso tais medidas não evitarem ação fraudulenta, o professor recomenda a atuação de um profissional altamente especializado e pouco encontrado no mercado brasileiro. O professor é um dos poucos que exerce essa atividade no Brasil e discute a formação de tal profissional em sua tese. Unindo conhecimentos de diversas áreas como direito criminal e trabalhista, auditoria, perícia contábil, procedimentos de rastreamento, capacidade de lidar com fontes de evidência e técnicas de investigação, nasce um profissional que pertence ao mais novo ramo das ciências econômicas: o contador investigador de fraudes.

 

 

 
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