Cresceu no mercado nos últimos dias a expectativa de que a BellSouth, empresa norte-americana de telefonia criada a partir da cisão da AT&T na década de 80, jogue pesado no leilão das licenças do SMP (Serviço Móvel Pessoal).
A operadora já possui participações majoritárias em duas operadoras da banda B: na BCP, que opera telefonia celular na região metropolitana de São Paulo, e na BSE, que atua em seis Estados do Nordeste.
E o mercado aposta que a operadora norte-americana tem interesse e fôlego financeiro para crescer no Brasil.
Caso não leve nenhuma das licenças, analistas apontam que a BellSouth poderia partir para as aquisições nas bandas A e B, tornando-se deste modo uma das grandes empresas do mercado brasileiro.
O alvo mais provável da BellSouth seria a Tess. Para o mercado, a conclusão da aquisição é questão de tempo, já que a operadora norte-americana já atua na capital paulista com a BCP e, com a Tess, passaria a operar telefonia celular também no litoral e no interior de São Paulo.
Outra opção para a BellSouth seria a Tele Centro Oeste Celular. A empresa norte-americana gastou no ano passado US$ 229 milhões na compra de ADRs da TCO na Bolsa de Nova York.
As ações não dão direito a voto, mas demonstram o interesse pela operadora da região central do país. A favorita para a compra da TCO, no entanto, é a Telesp Celular.
A BellSouth ainda teria outra opção: se associar com a Américas Telecom (empresa formada por parceria internacional entre a canadense Bell Canada, a mexicana Telmex e a norte-americana SBC Communications).
A associação seria vantajosa, uma vez que a Bell Canada já possui participações acionárias em duas operadoras da banda B: a Americel, que opera em seis da região central e no Distrito Federal, e na Telet, que atua no Rio Grande do Sul.
Além disso, as norte-americanas SBC e BellSouth mantêm acordos operacionais no exterior, que poderiam ser transportados para o Brasil.