I - Apresentação
Investimento na Bienal
atinge R$ 15 milhões
  ANDRÉ TARCHIANI SAVAZONI
repórter da Folha Online
 
 

Os números comprovam a previsão dos organizadores da 16ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que abre para o público às 10h de amanhã (sexta-feira), dia 28.

No total, os investimentos devem ser de R$ 15 milhões, divididos entre as editoras, a Fagga Eventos (organizadora da feira), a CBL (Câmara Brasileira do Livro) e os patrocinadores do evento.

"Apostávamos em R$ 12 milhões, sendo R$ 6 milhões da organização e outros R$ 6 milhões das editoras, mas o dinheiro gasto pelos expositores superou essa marca", afirmou Arthur Repsold, diretor da Fagga Eventos. "Estou vendo vários projetos especiais dos estandes."

Do dinheiro investido, R$ 1 milhão foi arrecadado entre os patrocinadores _Zip Net, Fnac, Eletropaulo, Varig Smiles, Xerox e Bradesco. O grupo ainda investiu o mesmo valor em outros projetos, como verbas para trazer autores estrangeiros a São Paulo, divulgação e organização.

Estímulo

A injeção nos investimentos serve de estímulo para o mercado editorial, que passa por um bom período após a queda de vendas registrada no ano passado, influenciada pelo panorama econômico brasileiro e pela crise do mercado cambial _principalmente no primeiro trimestre.

"O ano de 1999 foi o pior da década, mas, desde dezembro, os negócios estão subindo e as perspectivas são boas", disse Raul Wasserman, presidente da CBL. "O mercado está crescendo novamente."

São cerca de 1.300 lançamentos somente na Bienal.

Arthur, da Fagga, só reclama do valor da taxa cobrada pela Prefeitura de São Paulo para a colocação de logomarcas da Bienal nos estandes. Na última edição, o preço era de 4 Ufirs, que foi elevado para 40 Ufirs (cada Ufir corresponde a R$ 1,06).

Segundo levantamentos da organização, a média gasta por estande ficou entre R$ 500 e R$ 1000 _são 800 expositores e 256 estandes. "Essa foi uma dificuldade encontrada", afirma o diretor da Fagga Eventos.

"Público"

Porém, esse valor não atrapalhou a progamação e a espectativa é que cada leitor compre, no mínimo, dois livros durante sua visita à Bienal. Como 150 mil crianças já estão cadastradas, a previsão é que 450 mil pessoas passem pelo Expo Center Norte durante os dez dias de evento.

Já foram inscritos 10 mil expositores, 4.500 trabalhadores de montagem e mais 4.500 responsáveis pelos serviços. Essas 20 mil pessoas terão acesso diário, mas não serão computadas para a soma de visitantes.

No ano passado, o 1º Salão Internacional do Livro de São Paulo (que substituiu a Bienal) levou 400 mil pessoas ao evento, segundo dados da organização da Bienal.

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