Os números comprovam a previsão
dos organizadores da 16ª Bienal Internacional do Livro de São
Paulo, que abre para o público às 10h de amanhã
(sexta-feira), dia 28.
No
total, os investimentos devem ser de R$ 15 milhões, divididos
entre as editoras, a Fagga Eventos (organizadora da feira), a CBL
(Câmara Brasileira do Livro) e os patrocinadores do evento.
"Apostávamos
em R$ 12 milhões, sendo R$ 6 milhões da organização
e outros R$ 6 milhões das editoras, mas o dinheiro gasto
pelos expositores superou essa marca", afirmou Arthur Repsold,
diretor da Fagga Eventos. "Estou vendo vários projetos
especiais dos estandes."
Do
dinheiro investido, R$ 1 milhão foi arrecadado entre os patrocinadores
_Zip Net, Fnac, Eletropaulo, Varig Smiles, Xerox e Bradesco. O grupo
ainda investiu o mesmo valor em outros projetos, como verbas para
trazer autores estrangeiros a São Paulo, divulgação
e organização.
Estímulo
A
injeção nos investimentos serve de estímulo
para o mercado editorial, que passa por um bom período após
a queda de vendas registrada no ano passado, influenciada pelo panorama
econômico brasileiro e pela crise do mercado cambial _principalmente
no primeiro trimestre.
"O
ano de 1999 foi o pior da década, mas, desde dezembro, os
negócios estão subindo e as perspectivas são
boas", disse Raul Wasserman, presidente da CBL. "O mercado
está crescendo novamente."
São
cerca de 1.300 lançamentos somente na Bienal.
Arthur,
da Fagga, só reclama do valor da taxa cobrada pela Prefeitura
de São Paulo para a colocação de logomarcas
da Bienal nos estandes. Na última edição, o
preço era de 4 Ufirs, que foi elevado para 40 Ufirs (cada
Ufir corresponde a R$ 1,06).
Segundo
levantamentos da organização, a média gasta
por estande ficou entre R$ 500 e R$ 1000 _são 800 expositores
e 256 estandes. "Essa foi uma dificuldade encontrada",
afirma o diretor da Fagga Eventos.
"Público"
Porém,
esse valor não atrapalhou a progamação e a
espectativa é que cada leitor compre, no mínimo, dois
livros durante sua visita à Bienal. Como 150 mil crianças
já estão cadastradas, a previsão é que
450 mil pessoas passem pelo Expo Center Norte durante os dez dias
de evento.
Já
foram inscritos 10 mil expositores, 4.500 trabalhadores de montagem
e mais 4.500 responsáveis pelos serviços. Essas 20
mil pessoas terão acesso diário, mas não serão
computadas para a soma de visitantes.
No
ano passado, o 1º Salão Internacional do Livro de São
Paulo (que substituiu a Bienal) levou 400 mil pessoas ao evento,
segundo dados da organização da Bienal.
|