A Bienal do Livro repete neste ano uma das
atrações do 1º Salão Internacional do
Livro de São Paulo, realizado no ano passado. A programação
especial de palestras, encontros, homenagens e debates agrupados
sob a denominação "Salão de Idéias"
reedita o "Café Literário" e o homônimo
"Salão de Idéias" de 1999.
No
Salão do Livro de um ano atrás, as atrações
literárias foram agrupadas nos "Cafés",
enquanto as outras atividades culturais faziam parte do "Salão".
Este
ano, eventos díspares como "Sexo - A Primeira Vez"
e "Diálogo Brasil-África" acontecem sob
um mesmo ciclo de atividades. A convivência entre literatura
e outras áreas é uma das marcas da Bienal deste ano.
A
concepção do novo Salão de Idéias visa
conferir ao evento um caráter cultural diversificado, que
não restrinja a Bienal a um lojão de livros -ainda
que alguns eventos, como "O Vinho Nosso de Cada Dia" e
"Livro É Moda", apelem mais para os sentidos do
que propriamente para o plano das idéias, como o nome do
Salão promete.
Os
destaques são os debates sobre os 500 anos do Descobrimento,
a vinda de (poucos) convidados estrangeiros, as homenagens e os
"carimbados" da literatura nacional.
Zélia Gattai vem de Salvador para o lançamento de
seu novo livro de memórias, "Città di Roma"
(Record), e participa de homenagem musical ao marido Jorge Amado.
Lygia Fagundes Telles, que lança o livro de contos "Invenção
e Memória" (Rocco), será homenageada pelas escritoras
e amigas Lya Luft e Nélida Piñon, entre outros.
Richard
Bach, autor de "Fernão Capelo Gaivota", e o sociólogo
italiano Domenico de Masi aterrisam para palestras/autógrafos.
O bispo timorense Ximenes Belo, Prêmio Nobel da Paz, participa
de debate sobre direitos humanos.
Entre
os participantes estrangeiros do Salão estão ainda
o escritor angolano Pepetela, que tem seu romance "A Geração
da Utopia" lançado pela Nova Fronteira e o argentino-canadense
Alberto Manguel, autor de "Stevenson sob as Palmeiras"
(Companhia das Letras).
(Bruno
Zeni)
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