29/10/2001
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14h53
Mesmo com volume baixo, Timo Maas mostrou porque é top
BRUNA MONTEIRO DE BARROS da Folha de S.Paulo
O DJ alemão Timo Maas mostrou na primeira noite do Cream em São Paulo porque conquistou pistas por todo o mundo. Esperto, contrariou o line-up inicial e tocou antes do holandês Sander Kleinenberg. Pista de dança não é show de pop/rock e não é praxe colocar a atração principal por último. Assim, Maas pegou uma pista a ponto de bala, que clamava por batidas e som alto.
Fez um set grooveado e psicodélico. Ganhou o público com o pleno domínio das distorções e do suspense. Tocou Laurent Garnier, Green Velvet e Azziddo da Bass. Levantou a mão e sorriu bastante. Seu set foi o único momento da noite que teve a pista homogênea. Parecia uma festa.
A noite começou com Mau Mau, que mostrou um tech-house melódico e feliz. Ele tinha a missão de dar as boas-vindas ao público que chegava, ainda com a luz acesa. Mesmo assim chamou as pessoas para a pista.
Yousef entrou com as luzes apagadas, os canhões funcionando e o som um pouco mais alto. Chegou a arrancar gritos e aplausos da pista. Mas seu set foi prejudicado já que o volume estava muito baixo, a ponto de ser possível conversar ao lado da caixa de som. O público gritou, pedindo volume, mas o som só poderia ser aumentado com o final do Main Stage.
Assim Hernan Cattaneo tocou seu progressive para uma pista dispersa e um pouco desanimada. E o volume só veio mesmo quando entrou Maas. E, mesmo assim, a estrutura deixou a desejar. Poucas caixas de som e iluminação de show (e não de pista) não davam a liga para o clima que o estilo exige.
Às 5h da manhã, Maas deixou a cabine sob aplausos e novamente a pista dispersou. Kleinenberg começou com um house bem melódico para descanso, e os poucos que sobraram dançaram seu som tranceado até cerca de 6h30.
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