da Livraria da Folha
Divulgação |
Francis sempre causava reações em seus leitores, instigando-os |
Neste mês, a editora Imprensa Oficial lançou biografias de três importantes jornalistas brasileiros. São eles: Paulo Francis, Roberto Müller Filho e José Ramos Tinhorão. Em "Paulo Francis: Polemista Profissional", Paulo Eduardo Nogueira refaz a trajetória do jornalista carioca (1930-1997), conhecido por não poupar as palavras.
Nogueira escreve como Francis achava que se devia narrar --direto, com clareza, sem firulas, mas com leveza e elegância. O autor retrata um jornalista contraditório, de personalidade intensa e singular, o que, de certa forma, tornava-o interessantíssimo.
Rigoroso e, muitas vezes, irônico nas críticas à indústria cultural e à artistas, o jornalista José Ramos Tinhorão, nas palavras de Elizabeth Lorenzotti, autora de "Tinhorão: o Legendário", sempre nadou contra a corrente. Em suas colunas, por exemplo, contrariou o senso comum sobre a música popular.
Divulgação |
Jornalista foi contra o senso comum sobre a música popular brasileira |
Divulgação |
Müller revolucionou a estrutura da redação da "Gazeta Mercantil" |
Defendeu que a bossa nova é uma variante americana do samba, que, segundo ele, nasceu no Rio de Janeiro, e não na Bahia, como se acreditava. Por conta disso, diversos artigos causaram reações furiosas. Alguns deles, a autora publicou neste volume.
No livro "Roberto Müller Filho: Intuição, Política e Jornalismo", Maria Helena Tachinardi mostra como o jornalista lutou em favor da democracia e contra a injustiça social durante todo o governo militar, em um dos períodos mais obscuros da história política brasileira.
Müller Filho revolucionou a estrutura da redação do jornal "Gazeta Mercantil". O veículo chegou a ser comparado ao norte-americano "The Wall Street Journal" e apelidado de "Financial Times brasileiro".