Livraria da Folha

 
02/09/2010 - 11h15

"Treze Mulheres e um Colar de Diamantes" ensina verdadeiro valor da amizade

da Livraria da Folha

Divulgação
Uma linda história sobre o verdadeiro valor da amizade
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Em "Treze Mulheres e um Colar de Diamantes", a jornalista norte-americana Cheryl Jarvis conta a história real de 13 mulheres que resolveram entrar numa experiência inusitada e compartilhar o que para a grande maioria das mulheres é um objeto dos sonhos: um deslumbrante colar de diamantes de 15 quilates.

Mas o que começou como um impulso feminino se revelou uma experiência mágica e profundamente transformadora. O colar revitalizou a rotina dessas mulheres, renovando relacionamentos, atitudes e perspectivas.

"Treze Mulheres e um Colar de Diamantes" tem o objetivo de fazer com que o leitor reflita sobre o valor da amizade e da importância de se viver novas emoções na vida.

Leia trecho do primeiro capítulo:

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Colar de diamantes de 15 quilates transforma vida de 13 mulheres
Colar de diamantes de 15 quilates transforma vida de 13 mulheres

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Transformando uma ideia em realidade

Sentada à sua mesa, Jonell McLain olhava para as pilhas de papel que a rodeavam, esforçando-se para não se deixar abater. Procurava saber por que nunca conseguia limpar sua mesa, nunca conseguia riscar os 45 itens de sua lista de afazeres. As 45 pendências sempre estiveram ali? Era o que parecia. Sentia-se como o lendário rei Sísifo, da mitologia grega, condenado a carregar uma enorme rocha até o cume da montanha, repetidas vezes, eternamente. Havia dias em que ela tinha a impressão de que tudo o que havia feito fora mover as pilhas de lugar. Alguns papéis, poderia jurar, ela havia trocado de lugar uma centena de vezes. Em parte, o problema era porque ela vivia cheia de ideias e, por isso, vivia acrescentando novos projetos à lista. Executá-los, bem, essa era uma habilidade que ainda não havia adquirido. Hoje, a lista não a deixou tão ansiosa quanto de costume.
Acabara de fechar a venda de uma casa e experimentava a euforia que todo corretor de imóveis sente quando finalmente recebe a sua parcela de uma grande comissão. Esta venda lhe custara três meses de trabalho e gerara grande desgaste emocional.
As pessoas costumam comprar a casa própria em um momento de grande mudança e, naturalmente, estão quase sempre muito tensas. A queda dos preços no mercado imobiliário da costa oeste dos Estados Unidos fez com que os clientes que estavam se mudando para a Califórnia ficassem particularmente ansiosos. Justamente porque o trabalho era tão estressante, após cada negócio concluído, Jonell presenteava- -se com um mimo. Desta vez, ainda não decidira o que daria a si mesma e dirigiu-se ao shopping apenas para comprar uma caixa de doces para seus clientes, um dos itens da cesta de boas-vindas que ela costumava presentear os novos moradores.
O Pacific View Mall era o único shopping de Ventura, cidade litorânea da Califórnia, cerca de 96 quilômetros ao norte de Los Angeles. Jonell passou voando pelos corredores rosa-chá do shopping, parando apenas para dar uma olhadinha na vitrine da Van Gundy & Sons, uma joalheria familiar e antiquíssima - a Tiffany's de Ventura. Geralmente, as espiadas de Jonell eram tão rápidas quanto seus passos, porém dessa vez ela parou e ali ficou.

No centro da vitrine, um colar de diamantes cintilava sobre o veludo preto. Alguns anos antes, ela havia procurado, sem sucesso, um simples colar de strass para usar em um evento social. Agora, ali estava exatamente o que ela havia imaginado na época. Ela reconheceu o estilo, uma versão em colar da "pulseira de tênis", assim chamado depois do episódio em que a consagrada tenista Chris Evert perdeu sua pulseira de diamantes durante uma partida do US Open de 1987 e interrompeu o jogo para procurar pela joia. Os diamantes encontravam-se delicadamente alinhados em um único fio de ponta a ponta. A pedra mais ao centro era a mais larga e os dois menores diamantes eram os mais próximos ao fecho. A gradação era minúscula; o resultado, de tirar o fôlego.
Mas esse colar estava na vitrine da Van Gundy's. Não havia a menor chance de que o colar fosse feito de strass. Jonell raramente usava joias de qualidade, apesar de já ter ganho lá seu quinhão - anéis de diamante de dois casamentos, brincos de ouro de 14 quilates e relógios caros. Contudo, joias de luxo e-ram outra história. Nossa, ela pensou, alguma vez vira uma joia de tamanho valor de tão perto? Qual seria a sensação de experimentar algo tão belo e extravagante? Tomada pelo impulso, ela adentrou na loja.

- Posso ver o colar que está na vitrine? - perguntou Jonell, com um tom ca-sual, como se fizesse aquilo todos os dias.

Ela tocou a singela corrente de ouro que usava ao redor do pescoço. Em 1972, um namorado a presenteara com um colar com um pingente do símbolo da paz. Em 2003, quando irrompeu a guerra do Iraque, ela voltou a usá-lo. Ela acomodou o deslumbrante colar de diamantes por cima de seu antigo pingentinho dourado. Era simplesmente formidável - e formidavelmente simples.
Ela respirou fundo e, ao expirar, perguntou o preço.

- Trinta e sete mil dólares.

Jonell não soube disfarçar o espanto. Não lhe saía da cabeça a pergunta: Quem compra um colar de 37 mil dólares?
Voltou a olhar para o espelho. Não pôde evitar pensar sobre as escolhas que fizera na vida, aquelas que acabaram por lhe garantir que nunca teria condições de comprar um colar como este. Imaginou como sua vida teria sido diferente se tivesse se casado com um homem rico ou se dedicado mais à carreira. Se tivesse se esforçado mais, teria a renda necessária para que pu-desse se dar ao luxo de comprar tamanho esplendor.
No final das contas, nada daquilo importava muito. Num mundo tomado pela miséria, a ideia de ter um colar de 37 mil dólares era moralmente injustificável para Jonell, que havia seis anos dava aulas particulares para crianças carentes. Absorta em tais pensamentos, ela ouviu apenas fragmentos da descrição da vendedora: 118 diamantes... em corte de brilhante... extraídos de regiões legalizadas, sem conflito... 15,24 quilates.

Quinze quilates soava excessivo e Jonell não gostava de excessos nem de exibicionismo. Voltou a olhar a joia. Não havia nada de excessivo ou exibicionista naquele colar. Os diamantes eram muito delicados, no tamanho ideal para o seu corpo mignon de 1,58 metro e, no entanto, o círculo ao redor de seu pescoço tinha um peso real. Mas o que prendia o olhar era o brilho intenso do colar. Nunca vira diamantes com um fulgor daquele antes.

Jonell hesitou em retirar o colar. Após admirá-lo por mais um minuto, colocou-o na bancada e agradeceu a vendedora. Passaram-se três semanas e Jonell se surpreendeu com a frequência com que ainda pensava no colar de diamantes. Quando voltou ao shopping para passear com sua mãe de 86 anos, ela reparou que o colar permanecia na vitrine.

- Mãe, quero lhe mostrar uma coisa - disse Jonell, conduzindo a mãe para dentro da loja, com a excitação de uma menina de 7 anos de idade prestes a ganhar sua primeira Barbie.

- Experimenta, mãe.

Bastou que Jonell fechasse a presilha para que a mãe arregalasse os olhos.

- É lindo - sussurrou ela.

A mãe de Jonell tinha um olho para objetos de boa qualidade, e sua admiração confirmava que se tratava de um modelo clássico, eterno.

*

"Treze Mulheres e um Colar de Diamantes"
Autora: Cheryl Jarvis
Editora: Fontanar
Páginas: 236
Quanto: R$ 33,90 (preço especial, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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