Livraria da Folha

 
22/09/2010 - 21h17

Não passe vergonha na 29ª Bienal de Arte; veja livros sobre obras e artistas

da Livraria da Folha

Divulgação
Apresenta vida e obra de personalidades clássicas e atuais
Apresenta vida e obra de personalidades clássicas e atuais

A 29ª Bienal de Arte de São Paulo abre para o público no próximo sábado, 25. É hora de se preparar para não passar por desentendido, ficar com cara de interrogação ou receber olhares recriminadores ao dizer alto pelos corredores "o meu sobrinho de quatro anos faria melhor!".

No mundo paralelo das artes plásticas, obras simples podem esconder ideias incríveis e outras gigantescas podem ter o único propósito de causar sensações.

A Livraria da Folha preparou uma seleção de livros sobre o tema para introduzir os leigos no assunto e enriquecer o repertório dos mais experientes no assunto.

Neste ano o tema do evento é arte e política. Dos mais de cem artistas selecionados pela curadoria, Hélio Oiticica (1937 - 1980) é certamente um dos nomes mais conhecidos do grande público. Artista performático, pintor e escultor, o carioca imortalizou a frase "Seja marginal, seja herói", em um de seus trabalhos homenageia dois bandidos mortos pela polícia carioca.

No livro Hélio Oiticica, da Azougue Editorial, ele fala de sua vida e obra em entrevistas e depoimentos reunidos de forma inédita.

Um dos nomes que mais se destacam no mundo da arte contemporâneo, o paulistano Nuno Ramos se encaixa na proposta da Bienal deste ano, com sua arte engajada. Trabalhos seus, como o que critica o massacre do Carandiru, em que 111 presos foram mortos na antiga casa de detenção em 1992, já foram registrados no livro que recebe seu nome.

Marcelo Justo/Folhapress
Obras do artista Gil Vicente, em que ele faz autorretratos polêmicos nos quais mata FHC e Lula
Obras do artista Gil Vicente, em que ele faz autorretratos polêmicos nos quais mata FHC e Lula

Fundamental para quem quer se aprofundar no tema, uma dica é ficar atento aos escritos da curadora e doutora Kátia Canton, cujo trabalho é voltado para a pesquisa acadêmica das artes.

Outro livro recomendado para leigos e iniciados e bastante querido dos leitores na Livraria da Folha é o "501 Grandes Artistas". Dos clássicos aos contemporâneos, suas páginas contam histórias de vida e obra de grandes personalidades que revolucionaram as artes como a conhecemos.

Pichação e polêmica

Se em 2008, a Bienal do vazio ficou marcada pela pichação e posterior prisão de Caroline Pivetta, a Carol Sustos, neste ano o evento propõe diálogo com pichadores.

Por isso, não poderia ficar de fora desta seleção títulos que exploram o universo underground da pichação. Caso de "Ttsss a Grande Arte da Pixação em São Paulo Bilíngue", da editora do Bispo. Traz textos e tipologia gráfica e fotos de João Wainer e do Boleta, organizador da publicação e um dos papas da controversa manifestação. Conta ainda com um pequeno ensaio da artista Pinky Wainer e uma crônica panfletária de Xico Sá.

Já em "O Que É Graffiti", Celso Gitahy destaca como o grafite se tornou uma grande galeria de arte a céu aberto, com postes, calçadas e viadutos expressando, às vezes com imagens misteriosas, as diferentes percepções da vida urbana e de seus problemas.

Outro título que explora o assunto é "O Mundo do Grafite", de Nicholas Ganz, lançado pela WMF Martins Fontes. Aborda uma maneira de ver o grafite e sua "explosão" em países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil com mais de 2 mil imagens criadas por 180 representantes da arte.

João Wainer/Folhapress
Caroline Pivetta, presa em 2008 por pichar o prédio da Bienal, que participa de mostra na rua
Caroline Pivetta, presa em 2008 por pichar o prédio da Bienal, que participa de mostra na rua
 
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