Em livro infantojuvenil, texto onírico e ilustrações narram tarde em uma livraria
da Livraria da Folha
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| Livro de jornalista suíça conta história de uma amizade platônica |
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A suíça Sylvie Neeman, editora de revista e colaboradora de jornais, só começou a escrever histórias infantojuvenis depois que seus dois filhos nasceram. "Sábado na Livraria", lançamento da editora Cosac Naify, é seu primeiro título destinado a crianças e jovens, mas não o primeiro de sua carreira literária: em 2002, Neeman recebeu o Prix de La Bibliothèque Pour Tous, pelo romance "Rien n'est arrivé", ainda não publicado no Brasil.
A estreia da autora na literatura infantojuvenil é inspiradora. Tendo uma livraria como cenário principal, o livro narra a história de uma garota que cultiva o hábito de ir à livraria e por lá ficar, gastar tempo, tocar os livros, descobrir sem pressa títulos escondidos. Enquanto a pequena se delicia com quadrinhos e gibis, um senhor, frequentador assíduo do local, emociona-se com um enorme livro de guerra.
As ilustrações a óleo de Olivier Tallec, premiado artista francês, têm ótima sintonia com o texto --ambos conduzem muito bem, pequenos e grandes leitores, ao ambiente onírico da livraria em que se desenrola a amizade platônica entre os dois personagens.
"Sábado na Livraria" pode ser lido com um delicado convite a cultivar nas crianças o hábito de passar tardes e mais tardes entre os livros.
