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Diego
Medina
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A
eleição da Fifa para definir o melhor jogador do mundo do ano 2000
já está engatilhada. Porém, mais do que nunca, a eleição está desacreditada.
Não há um grande jogador do planeta que não tenha recebido uma pedra
ao menos na temporada. Na maioria dos casos, aliás, sobraram pedras
para os principais nomes da bola.
Começando por Rivaldo, que detém ainda a honra de ser o melhor jogador
do mundo, a situação é desesperadora.
O craque do Barcelona não consegue emplacar na seleção, é sistematicamente
hostilizado e já cogita não defender mais a equipe. Por mais que
tenha feito boas atuações pelo seu time na Espanha, não conseguiu
ainda demonstrar de fato ao mundo o título que ganhou da Fifa em
99.
Zidane, que se consagrou em 98 mais pelos dois gols na final na
Copa, voltou a ser destaque na Euro-2000, mas a Europa perdeu a
paciência com a sua falta de paciência. O habilidoso meia continua
sendo expulso tolamente por entradas violentas. Os perdões a seu
temperamento estranho cessaram nesta temporada. Mais que reincidente,
Zidane teve a imagem desgastada.
Após a Euro, a eleição de Zidane como melhor do mundo pela segunda
vez parecia certa. Mas hoje ela está tão ou mais em dúvida do que
a de Rivaldo.
Outros nomes cotados carecem de certa força. Figo, por exemplo,
é o melhor de todos para alguns, como o técnico Louis van Gaal.
Porém o fato de ele ser português (não possuir uma nacionalidade
de ponta no futebol) e de ter trocado o Barcelona pelo Real Madrid
(virando por ora o jogador mais caro do planeta) não o deixam em
condição confortável.
Beckham continua sendo um superstar apenas no Reino Unido. Sua aceitação
fora da Europa, especialmente, é pequena, e seu ano também não foi
nada demais.
O holandês Bergkamp, que já beirou por várias vezes o título de
melhor do mundo, praticamente deu adeus à honraria ao dizer adeus
à sua seleção. Davids não se livra de contusões e expulsões. E Frank
de Boer, outro holandês que foi unanimidade na Copa, mostrou queda
de rendimento.
O volante argentino Verón tem mantido bom nível de atuações durante
todo ano, mas sua função em campo (não faz tantos gols), seu marketing
(não aparece tanto quanto poderia) e sua cidadania italiana (grande
dúvida) são sérios empecilhos.
Goleadores de capacidade comprovada não faltam no mundo. Batistuta,
na Itália, e Romário, no Brasil, mostram resistência ao tempo, mas
isso não é suficiente para a votação. Jardel trocou Portugal pela
Turquia, continuou com excepcional média de gols, mas nada que possa
lhe dar favoritismo na eleição da Fifa.
Goleiros de prestígio também não faltam hoje. Desde o velho conhecido
Chilavert até a novidade Toldo. Mas ainda é pouco provável que um
goleiro leve oprêmio.
Para deixar a disputa mais indefinida, muitos dos votantes são novatos
na eleição. É o caso dos treinadores que assumiram seleções neste
ano, como Leão.
Dadas as condições da eleição do craque do ano 2000, o melhor mesmo
é premiar os 60 anos de Pelé e os 40 de Maradona.
NOTAS
Copa do Mundo
Em dezembro, o Comitê Executivo da Fifa deve definir de vez se a
Coréia do Norte vai receber jogos do Mundial de 2002. Já é praticamente
certo que, se o país receber partidas, vai ser só uma, e, logicamente,
da Coréia do Sul.
Mundial de Clubes
Em dezembro, a proposta de aumentar o número de participantes deve
ser votada. Além do Corinthians, o Flamengo tem chances boas de
conseguir uma vaga. Tirando os interesses óbvios da ISL, a Confederação
Sul-Americana e a Traffic planejam há tempos classificar o campeão
da Copa Mercosul para o Mundial, na Espanha.
Mundial de futsal
E o último Campeonato Mundial da Fifa do século, quem diria, não
é de futebol. No século 21, o número de Mundiais poderá triplicar.
e-mail:
rbueno@folhasp.com.br
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17/09/2000 - Excessivo excesso
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13/08/2000 - Os jogos da Nike
06/08/2000 - Pré-temporada de luxo
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02/07/2000 - Campeões melhores
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11/06/2000 - Quanto vale o show?
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21/05/2000 - Saem os clubes
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