Relações entre ONU e Iraque têm sido tensas desde 1991
da Reuters, em Londres (Reino Unido)O presidente iraquiano, Saddam Hussein, aceitou ontem a volta incondicional dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas). Leia a seguir uma cronologia das tensas relações entre o Iraque e a ONU desde a Guerra do Golfo (1991):
1991:
28 de fevereiro -cessar-fogo das forças americanas e aliadas.
7 de abril -Estados Unidos, Grã-Bretanha e França criam uma zona de exclusão aérea ao norte do paralelo 36.
11 de abril -ONU declara formalmente o cessar-fogo da Guerra do Golfo.
9 de junho -Unscom (comissão de inspeções criada após a Guerra do Golfo) inicia inspeções de armas químicas.
1992:
27 de agosto -Segunda zona de exclusão aérea é imposta pelos três aliados ao sul do paralelo 32.
1995:
1 de julho -Iraque admite pela primeira vez possuir armas biológicas.
1996:
3 e 4 de setembro -Estados Unidos bombardeiam alvos iraquianos duas vezes. Saddam ordena que suas forças derrubem aviões inimigos.
9 e 10 de dezembro -ONU autoriza o programa "petróleo por comida". Petróleo iraquiano circula no mercado internacional pela primeira vez desde 1990.
1997:
29 de outubro -Iraque impede participação de norte-americanos nas equipes de inspetores de armas.
13 de novembro -Iraque expulsa monitores de armas. Após pressão russa, permite a sua volta, uma semana depois.
1998:
9 de agosto -Unscom suspende inspeções de novos locais após Bagdá decidir interromper cooperação com a ONU.
14 e 15 de novembro -Presidente norte-americano Bill Clinton cancela dois ataques aéreos após o Iraque permitir retomada das inspeções.
16 de dezembro -Inspetores da ONU são retirados de Bagdá.
17 de dezembro -Estados Unidos e Reino Unido começam ataques contra os programas de armas químicas, biológicas e nucleares do Iraque.
1999:
3 de fevereiro -ONU diz que todos os seus funcionários norte-americanos e britânicos devem deixar o Iraque.
17 de agosto -Iraque acusa EUA e Reino Unido de bombardear áreas fora da zona de exclusão aérea; a Casa Branca nega mortes de civis.
2000:
26 de março -Saddam se encontra com o coordenador de ajuda humanitária da ONU Hans von Sponeck, na primeira vez em que se reúne com um líder da ONU no país desde 1991.
2001:
3 de abril --Iraque diz que sanções impostas pela ONU já tinham matado 1.471.425 pessoas desde agosto de 1990.
2002:
30 de janeiro -Em discurso, George W. Bush diz que Irã, Iraque e Coréia do Norte formam um "eixo do mal" que busca desenvolver armas de destruição em massa. Os três países rejeitam a acusação.
16 de junho -Bush permite que a CIA (agência de inteligência dos EUA) conduza operações secretas para derrubar Saddam Hussein.
5 de julho -Iraque e ONU não chegam a acordo sobre retomada de inspeções de armas após terceira rodada de negociações.
19 de agosto -Parlamento iraquiano apóia por unanimidade a indicação de Saddam para outro mandato presidencial de sete anos.
9 de setembro -O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos diz em relatório que o Iraque poderia construir uma bomba nuclear em meses se conseguisse obter material físsil.
12 de setembro -Bush exige da ONU ação para desarmar o Iraque e diz que um ataque seria inevitável se Bagdá não cumprisse as resoluções da ONU.
14 de setembro -Vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, diz que os inspetores só voltariam ao seu país dentro de um acordo que incluísse o fim das sanções e garantisse que os norte-americanos não atacariam o Iraque.
16 de setembro -O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, diz ter recebido carta do governo do Iraque autorizando o retorno dos inspetores de armas.
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