Coréia do Norte não pode ter arma nuclear, diz líder sul-coreano
da Reuters, em SeulO presidente eleito da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, partidário de uma atitude flexível na tentativa de solucionar a crise nuclear da península coreana, visitou hoje soldados norte-americanos estacionados no país e disse que a Coréia do Norte não deveria ter permissão para possuir armas nucleares.
Roh, que fez campanha prometendo nunca se curvar aos EUA, lembrou durante sua visita a amizade mantida entre os sul-coreanos e os norte-americanos há 50 anos e descartou como insignificantes as pequenas manifestações de oposição à presença da superpotência na Coréia do Sul.
O impasse nuclear na península coreana começou no ano passado, quando os EUA disseram que a Coréia do Norte havia admitido manter um programa de desenvolvimento de armas nucleares. O presidente norte-americano, George W. Bush, havia acusado o país comunista de pertencer a um "eixo do mal".
O nível de tensão elevou-se quando os norte-coreanos expulsaram os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) para o setor nuclear, abandonaram na semana passada o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e ameaçaram retomar seus testes com mísseis.
"O programa de armas nucleares da Coréia do Norte não pode ser tolerado", afirmou Roh ao general Leon LaPorte, comandante do Comando das Nações Unidas na Coréia do Sul, liderado pelos EUA.
"A crise com o Norte precisa ser resolvida pacificamente."
Nas últimas semanas, os norte-americanos e os sul-coreanos mostraram diferenças no modo de lidar com a crise nuclear. Aqueles mostram-se mais duros com a Coréia do Norte que estes.
Mas, em um sinal de que o governo dos EUA pode adotar uma postura mais flexível, Bush disse hoje que poderia autorizar o reenvio de ajuda ao país comunista caso este abandone seu programa nuclear.
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