Reuters
15/01/2003 - 18h13

Proposta do Brasil para Venezuela é "maravilhosa", diz Chávez

da Reuters, em Quito (Equador)

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, classificou hoje de "maravilhosa" a proposta do Brasil de juntar "um grupo de países amigos" para tentar encontrar soluções para o conflito que assola a Venezuela.

Reuters - 15.dez.2002
Hugo Chávez, presidente da Venezuela
Chávez, que assistiu em Quito à posse do novo presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, esperava receber hoje o apoio de "um grupo de países amigos" para encontrar uma saída para a crise que mantém a população do país dividida e a sua indústria petroleira paralisada por seis semanas.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a ida de presidentes a Quito para a posse de Gutiérrez seria um momento adequado para o diálogo sobre a crise venezuelana.

"É uma boa iniciativa do Brasil e estamos totalmente de acordo com ela. Já tínhamos conversado com o presidente Lula [...] Felizmente, o povo venezuelano não está sozinho", disse Chávez a jornalistas.

A Venezuela enfrenta uma paralisação há seis semanas convocada por opositores de Chávez, que exigem sua renúncia. A greve reduziu as exportações e a produção de petróleo do quinto maior exportador mundial do produto.

"A saída está aqui, na Constituição. Fora dela, nada", disse Chávez, que depois de protagonizar um fracassado golpe de Estado assumiu o poder por meio democrático em 1998.

Os presidentes do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Equador e o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria, pretendiam se reunir na tarde de hoje para abordar a situação na Venezuela.

A participação na reunião do presidente de Cuba, Fidel Castro, que se encontra também em Quito e se considera amigo de Chávez, não foi confirmada.

O objetivo do grupo de países amigos da Venezuela é "encontrar uma saída tranquila, pacífica e que possa deixar contente sobretudo o povo venezuelano", disse Lula a jornalistas.

A oposição ao governo Chávez exige eleições antecipadas, em meio a crescentes acusações de que o presidente busca instituir um governo similar ao de Cuba.

Chávez, que sobreviveu a um breve golpe em abril, disse em Quito que junto aos trabalhadores, ao povo e às Forças Armadas da Venezuela está derrotando a "subversão de extrema direita".

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