EUA prometem a jornalistas acesso à linha de frente da guerra
da Reuters, em WashingtonO Departamento de Defesa dos Estados Unidos prepara-se para deixar que jornalistas unam-se a soldados na linha de frente de uma eventual guerra contra o Iraque, enquanto Pentágono e jornalistas perguntam-se se podem confiar uns nos outros.
O Pentágono (sede das Forças Armadas norte-americanas) montou quatro acampamentos de treinamento para preparar cerca de 240 jornalistas, entre repórteres, fotógrafos e equipes de TV, para o que eles podem encontrar no caso de realmente acompanharem as forças dos EUA durante uma invasão do Iraque.
A decisão de colocar jornalistas na linha de frente ao soldados marca uma mudança de postura do Pentágono, que nas últimas décadas proibiu a presença de repórteres ali por considerá-la potencialmente prejudicial às operações militares.
"Temos de equilibrar o acesso à informação com a necessidade de preservar nossos planos operacionais e de garantir que nada coloque em risco as vidas dos homens e mulheres que realizam essas missões", declarou Bryan Whitman, vice-secretário-assistente do Departamento de Defesa.
Whitman afirmou que as Forças Armadas estavam certas de que os jornalistas encontrariam um ponto de equilíbrio adequado entre a discrição e a necessidade de informar o público.
Para Sig Christenson, do grupo Repórteres e Editores Militares, o Pentágono havia feito um "esforço de boa fé" até agora.
"Há um problema de confiança aqui, um passado de desentendimentos. Não confiamos muito neles. E eles não confiam na gente", declarou.
Segundo Christenson, a presença dos jornalistas ajudará a estabelecer a verdade dos fatos e eventualmente desmascarar informações falsas divulgadas pelo Iraque.
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