Reuters
17/01/2003 - 09h15

Eleições antecipadas podem ajudar Venezuela, dizem EUA

da Reuters, em Quito (Equador)

Um acordo urgente para a realização de eleições antecipadas na Venezuela pode ser a única maneira de superar a crise no quinto maior exportador mundial de petróleo, disse ontem uma fonte do Departamento de Estado dos EUA.

Curtis Struble, secretário-assistente-interino para o Hemisfério Ocidental, disse que os Estados Unidos não têm uma posição sobre quando a eleição deve acontecer, mas acham que quanto mais cedo, melhor.

"Nossa opinião é que para capturar essas paixões e colocá-las em um canal democrático precisaríamos de uma solução eleitoral. Se não houver saída política, as manifestações e incidentes de um lado e de outro, no dia-a-dia, farão a coisa explodir", afirmou. Struble se disse surpreso com o fato de a situação "não ter piorado antes".

Normalmente, os Estados Unidos importam 13% de seu petróleo da Venezuela, mas a greve geral convocada há mais de 40 dias pela oposição ao presidente Hugo Chávez praticamente paralisou a produção.

O funcionário norte-americano disse que a democracia, não o petróleo, é a principal preocupação de Washington nesse momento. "Houve problemas breves com a entrega de combustível. Mas os mercados estão se ajustando e a Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] já aumentou a produção. Por isso estou otimista."

Os Estados Unidos integram, junto com Brasil, México, Chile, Espanha e Portugal, o chamado Grupo de Amigos da Venezuela, destinado a ajudar nas negociações políticas que vêm sendo conduzidas, até agora sem sucesso, pela OEA (Organização dos Estados Americanos).

Segundo Struble, essa iniciativa ajudará a criar confiança entre governo e oposição em Caracas.

"Acho que será um fator importante e poderoso, que ajudará a superar a falta de confiança, pois haverá um conjunto muito importante de participantes internacionais realmente observando a situação."

Ontem, a criação do Grupo de Amigos da Venezuela foi elogiada tanto pelo governo quanto pelos opositores.

O governo diz que, pela Constituição, só pode realizar um referendo sobre a permanência de Chávez a partir de agosto, quando ele chega à metade do mandato. A oposição quer a votação em 2 de fevereiro, mas diante da resistência da Justiça eleitoral já pensa em outras alternativas.

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