Reuters
17/01/2003 - 14h59

ONU não tem pressa para punir Coréia do Norte

da Reuters, em Viena

Os países que supervisionam a agência de inspeções nucleares da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmaram não ter pressa para pedir ao Conselho de Segurança tratar da questão atômica na Coréia do Norte, e que o órgão não deve agir enquanto não se esgotarem os esforços diplomáticos.

Membros da ONU disseram haver um consenso de que seria prejudicial pressionar para que o caso fosse tratado pelo Conselho de Segurança, que poderia punir a Coréia do Norte com sanções econômicas e mesmo militares.

"Se há a possibilidade de resolvermos isso diplomaticamente, é melhor priorizarmos isso a colocarmos o Conselho de Segurança para agir", disse um membro da ONU.

Integrantes da organização afirmaram que o quadro de 35 países supervisores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve se reunir na próxima semana para discutir a questão.

Hoje, o vice-chanceler da Rússia, Alexander Losyukov, ressaltou novamente a necessidade de a diplomacia ter uma chance para agir. A autoridade russa realizou uma escala na China antes de chegar à Coréia do Norte.

A AIEA recebeu com satisfação os esforços diplomáticos feitos para resolver a crise com o governo norte-coreano.

"Ficamos animados com os esforços em andamento para envolver a Coréia do Norte diretamente nas negociações", declarou Mark Gwozdecky, porta-voz da agência.

A crise com o país asiático começou em dezembro, quando os norte-coreanos desligaram as câmeras de vigilância da ONU colocadas no complexo nuclear de Yongbyon e expulsaram do país dois inspetores da AIEA.

Os reatores de Yongbyon podem produzir plutônio rico o suficiente para ser usado em armas.

Depois de expulsar os inspetores, a Coréia do Norte abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e ameaçou retomar seus testes com mísseis.

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