Reuters
17/01/2003 - 16h07

Impostos derrubam popularidade de presidente colombiano

da Reuters, em Bogotá

A popularidade do presidente colombiano, Álvaro Uribe, caiu oito pontos em dois meses devido ao aumento de impostos e das reformas que afetam a maior parte da população, segundo demonstrou uma pesquisa hoje.

A imagem favorável de Uribe, 50, caiu de 74% para 66% desde novembro, enquanto as opiniões negativas subiram de 14% para 19%. Segundo analistas, esses números marcam o fim da lua-de-mel entre o presidente e a opinião pública.

Reuters - 27.mai.2002
Álvaro Uribe, presidente da Colômbia
A empresa Invamer Gallup entrevistou mil pessoas nas quatro principais cidades do país (Bogotá, Medellín, Cali e Cartagena). A pesquisa traçou também um cenário para um referendo de reformas proposto por Uribe para reativar a economia, que cresceu apenas 1,6 ponto percentual em 2002.

O apoio a essas reformas, que era de 59% na última pesquisa, caiu agora para 46%. O governo propõe congelar os gastos públicos (inclusive os salários mais altos do funcionalismo) por dois anos. Também haverá medidas contra a corrupção.

"Mexer no bolso das pessoas custa alguns pontos de popularidade", disse o presidente do Invamer Gallup, Jorge Londoño.

Em dezembro, o Congresso aprovou uma reforma tributária proposta pelo governo, com aumento de impostos inclusive sobre alimentos antes não tributados.

Para Londoño, Uribe agiu corretamente ao fazer essas reformas agora. "Quando se tem alta popularidade é que se deve tomar as medidas impopulares", afirmou.

O Congresso também aprovou uma reforma trabalhista e outra previdenciária, que cortou benefícios dos trabalhadores e aumentou a idade de aposentadoria.

Apesar da queda na popularidade, a gestão de Uribe continua sendo elogiada pelos entrevistados no que diz respeito ao combate à guerrilha, à corrupção, ao narcotráfico e aos paramilitares de direita.

Uribe foi eleito com a promessa de dar mais poder aos militares contra os rebeldes, e desde a posse já aumentou o orçamento das Forças Armadas. Apesar disso, ele se mantém disposto a negociar com as duas principais guerrilhas do país, Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional). Ele também já iniciou sondagens para uma eventual negociação com os paramilitares.

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