Sob pressão dos EUA, Taiwan lança operação contra pirataria
da Reuters, em Taipé (Taiwan)O governo de Taiwan ordenou uma grande operação contra fábricas que produzem CDs piratas, em uma tentativa de proteger as relações com os Estados Unidos, um aliado-chave e grande parceiro comercial.
O primeiro-ministro Yu Shyi-kun decretou a medida depois de negociações sobre propriedade intelectual com Washington, que colocou Taiwan em uma "lista de prioridade de vigilância" sobre pirataria e ameaçou revogar os benefícios comerciais concedidos à ilha.
"Os atos comerciais ilegais [relacionados a] CDs piratas tornaram-se um obstáculo às relações exteriores de Taiwan", disse Yu em declaração emitida pelo seu gabinete ontem.
As companhias de filmes, música e software dos Estados Unidos pediram na sexta-feira (14) ao governo George W. Bush para combater a pirataria internacional, que, segundo eles, custou à economia norte-americana entre US$ 20 bilhões e US$ 22 bilhões em 2002.
Os Estados Unidos são o segundo mercado para as exportações de Taiwan, com 21% dos US$ 131 bilhões do total de exportações da ilha no ano passado.
Washington também é um importante aliado para garantir a segurança de Taiwan diante da histórica rivalidade política com a China, que considera a ilha uma província rebelde.
Entre as medidas, o primeiro-ministro de Taiwan ordenou a criação de uma força-tarefa para ajudar os inspetores da alfândega a erradicar as exportações de CDs piratas, solicitou ao Ministério da Economia uma revisão das leis antipirataria e aumentou a supervisão às fábricas de CDs.
Yu afirmou que o Ministério da Economia tem duas semanas para apresentar a seu gabinete leis revisadas de proteção ao direito de propriedade intelectual.
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