França e Alemanha opõem-se a nova resolução sobre Iraque
da Reuters, em BerlimO chanceler da Alemanha, Gerhard Schröder, disse hoje que tanto seu país quanto a França, que enfureceram os Estados Unidos ao tomarem a frente da resistência a uma guerra no Iraque, não viam necessidade, por enquanto, de uma nova resolução da ONU (Organização das Nações Unidas).
"Concordamos com a França na opinião de que, dentro das estipulações da 1441 (resolução da ONU ), temos meios suficientes de dar apoio ao progresso realizado pelos inspetores", disse o chanceler.
"É por isso que, neste momento, não precisamos de uma nova resolução", declarou Schroeder pouco antes de se reunir com o presidente francês, Jacques Chirac, em Berlim.
Schröder e Chirac deixaram os EUA furiosos e provocaram desavenças dentro da Europa ao tentarem evitar o início de uma guerra e ao defenderem a intensificação e a prorrogação das inspeções.
Os dois dirigentes devem apelar novamente pela paz após jantarem em uma taverna berlinense do século 17 cujo nome parece propício para o evento: "O Apelo Final".
A porta-voz do presidente francês disse hoje que Chirac havia rejeitado a idéia de uma segunda resolução, avaliada como "desnecessária e inútil".
Os EUA e o Reino Unido apresentam uma proposta de resolução para a ONU hoje, em uma tentativa de obter autorização para usar a força a fim de derrubar do poder o presidente iraquiano, Saddam Hussein, disse o chanceler britânico, Jack Straw.
Segundo Straw, os dois países estão dispostos a esperar "até duas semanas, talvez mais" antes de convocarem uma votação no Conselho de Segurança da ONU sobre a resolução.
A França, por outro lado, disse que tentaria aumentar a eficiência das inspeções de armas propondo ao Conselho de Segurança que estabeleça metas claras de desarmamento que devem ser seguidas pelo Iraque.
Leia mais