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24/02/2003
-
12h09
O projeto para uma segunda resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Iraque será apresentado hoje à tarde, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
O presidente norte-americano, George W. Bush, espera que o projeto de uma resolução que autorize o uso da força contra o Iraque seja examinado rapidamente, de acordo com Fleischer.
Diplomatas norte-americanos disseram que o projeto deve ser apresentado por volta das 15h30 (17h30 em Brasília) durante uma reunião a portas fechadas no Conselho de Segurança.
A votação de uma nova resolução não é imediata. Antes, o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, deve apresentar no dia 7 de março ao Conselho de Segurança um novo dossiê sobre o suposto programa de armas de destruição em massa iraquiano.
O pedido do Reino Unido de que uma nova resolução seja votada entre o começo e a metade de março "não é uma má estimativa", disse Fleischer.
Segundo o porta-voz, a nova resolução "será muito curta, irá ao ponto e apontará a importância da resolução 1441 da ONU [aprovada em novembro], que exige que o Iraque se desarme completa e totalmente e que seja realizada uma mudança de regime".
No sábado (22), Bush declarou que a aprovação de uma nova resolução sobre o Iraque seria a última chance de o Conselho de Segurança da ONU provar sua "relevância".
Bush disse ainda que não estava disposto a esperar dois meses para a aprovação de uma nova resolução, referindo-se ao tempo que o Conselho de Segurança tomou para aprovar uma resolução em novembro ameaçando o Iraque de "sérias consequências" se não se desarmasse.
Os EUA, apoiados pelo Reino Unido, enfrentam a oposição dos outros três membros permanentes e com direito a veto do Conselho de Segurança -França, Rússia e China- em sua busca por uma nova resolução autorizando o uso da força para desarmar o Iraque. Os três argumentam que os inspetores devem ter mais tempo para agir. A maior oposição vem da França.
Os EUA e o Reino Unido decidiram que sua estratégia para aprovar uma nova resolução no Conselho de Segurança será tentar obter a aprovação de ao menos nove dos 15 membros do Conselho de Segurança, desafiando a França, a Rússia e a China a vetar a decisão da maioria do órgão, de acordo com informação publicada na sexta-feira (21) no "New York Times", que ouviu funcionários do governo americano, que não quiseram identificar-se.
Diplomatas americanos e britânicos buscavam superar as diferenças ainda existentes quanto à linguagem que será usada na nova resolução, buscando retirar partes que possam incomodar alguns países para conseguir atrair o apoio dos membros do Conselho de Segurança.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Os temporários são Angola, Bulgária, Camarões, Chile, Alemanha, Guiné, México, Paquistão, Espanha e Síria.
Crise
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado no dia 27 de janeiro, por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria.
No dia 5 de fevereiro, citando informações de inteligência, Powell disse ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que o Iraque tem escondido dos inspetores de armas da entidade equipamentos de seus supostos programas de armamentos químicos, biológicos e nucleares. Como prova de suas acusações, Powell apresentou fotos feitas por satélites e trechos de gravações que teriam sido captadas de conversas entre oficiais iraquianos.
Na sexta-feira (14), os chefes de inspeção de armas da ONU, Blix e Mohamed El Baradei, entregaram ao Conselho de Segurança um novo relatório sobre os trabalhos no Iraque no qual mais uma vez afirmaram que não existem provas de que o país possua armas de destruição em massa. Blix voltou a dizer, porém, que o Iraque precisa colaborar mais, apresentando provas de que se desarmou.
O Iraque tem até o dia 7 de março para destruir todos os seus mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam em 32 km o limite de alcance estipulado pela ONU). Caso o governo iraquiano não cumpra o prazo, os EUA podem conseguir o argumento necessário para atacar iniciar um ataque militar contra o país.
Com agências internacionais
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EUA apresentam hoje projeto de nova resolução sobre Iraque
da Folha OnlineO projeto para uma segunda resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Iraque será apresentado hoje à tarde, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
O presidente norte-americano, George W. Bush, espera que o projeto de uma resolução que autorize o uso da força contra o Iraque seja examinado rapidamente, de acordo com Fleischer.
Diplomatas norte-americanos disseram que o projeto deve ser apresentado por volta das 15h30 (17h30 em Brasília) durante uma reunião a portas fechadas no Conselho de Segurança.
A votação de uma nova resolução não é imediata. Antes, o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, deve apresentar no dia 7 de março ao Conselho de Segurança um novo dossiê sobre o suposto programa de armas de destruição em massa iraquiano.
O pedido do Reino Unido de que uma nova resolução seja votada entre o começo e a metade de março "não é uma má estimativa", disse Fleischer.
Segundo o porta-voz, a nova resolução "será muito curta, irá ao ponto e apontará a importância da resolução 1441 da ONU [aprovada em novembro], que exige que o Iraque se desarme completa e totalmente e que seja realizada uma mudança de regime".
No sábado (22), Bush declarou que a aprovação de uma nova resolução sobre o Iraque seria a última chance de o Conselho de Segurança da ONU provar sua "relevância".
Bush disse ainda que não estava disposto a esperar dois meses para a aprovação de uma nova resolução, referindo-se ao tempo que o Conselho de Segurança tomou para aprovar uma resolução em novembro ameaçando o Iraque de "sérias consequências" se não se desarmasse.
Os EUA, apoiados pelo Reino Unido, enfrentam a oposição dos outros três membros permanentes e com direito a veto do Conselho de Segurança -França, Rússia e China- em sua busca por uma nova resolução autorizando o uso da força para desarmar o Iraque. Os três argumentam que os inspetores devem ter mais tempo para agir. A maior oposição vem da França.
Os EUA e o Reino Unido decidiram que sua estratégia para aprovar uma nova resolução no Conselho de Segurança será tentar obter a aprovação de ao menos nove dos 15 membros do Conselho de Segurança, desafiando a França, a Rússia e a China a vetar a decisão da maioria do órgão, de acordo com informação publicada na sexta-feira (21) no "New York Times", que ouviu funcionários do governo americano, que não quiseram identificar-se.
Diplomatas americanos e britânicos buscavam superar as diferenças ainda existentes quanto à linguagem que será usada na nova resolução, buscando retirar partes que possam incomodar alguns países para conseguir atrair o apoio dos membros do Conselho de Segurança.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Os temporários são Angola, Bulgária, Camarões, Chile, Alemanha, Guiné, México, Paquistão, Espanha e Síria.
Crise
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.
O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.
Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.
O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.
A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".
Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado no dia 27 de janeiro, por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria.
No dia 5 de fevereiro, citando informações de inteligência, Powell disse ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que o Iraque tem escondido dos inspetores de armas da entidade equipamentos de seus supostos programas de armamentos químicos, biológicos e nucleares. Como prova de suas acusações, Powell apresentou fotos feitas por satélites e trechos de gravações que teriam sido captadas de conversas entre oficiais iraquianos.
Na sexta-feira (14), os chefes de inspeção de armas da ONU, Blix e Mohamed El Baradei, entregaram ao Conselho de Segurança um novo relatório sobre os trabalhos no Iraque no qual mais uma vez afirmaram que não existem provas de que o país possua armas de destruição em massa. Blix voltou a dizer, porém, que o Iraque precisa colaborar mais, apresentando provas de que se desarmou.
O Iraque tem até o dia 7 de março para destruir todos os seus mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam em 32 km o limite de alcance estipulado pela ONU). Caso o governo iraquiano não cumpra o prazo, os EUA podem conseguir o argumento necessário para atacar iniciar um ataque militar contra o país.
Com agências internacionais
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