São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

O espírito animal

Na submanchete do "Valor", a captação no exterior "à menor taxa da história" e a explicação do diretor da Merrill Lynch em Nova York: "O Brasil já possui os fundamentos de um país que é grau de investimento".
No caderno "Dinheiro", a agência de classificação de risco Standard & Poors saudou o novo PIB por refletir "com muito mais fidelidade" o crescimento e disse que só não avança mais por "trauma" dos investidores com a velha inflação. Eles precisam de "alguns anos".
Nem tanto, alerta o Valor Online, com o anúncio de que os "investimentos medidos pelos bens de capital já apontam maior crescimento". Para o economista Octavio de Barros, ontem à coluna "Mercado Aberto", "o espírito animal empresarial começa a se soltar".

BRASIL E OS VIZINHOS
Em especial sobre finanças globais, a "Economist" avalia que "Lula, campeão da igualdade, tem sido bom para as ações", trocadilho com "equality" e "equity". E que o petista "conquistou" a Bovespa como esta conquistou os investidores. "Por trás dos números" das ações, diz a revista, evidencia-se que "os investidores estão aprendendo a distinguir o Brasil de seus vizinhos".

LULA E A VIDA MANSA
Sob o título "Uma vida calma", a "Economist" diz que o novo ministério prenuncia "um segundo mandato sem ambição", quer dizer, sem reforma da Previdência. Avalia que, com ministros como Dilma Rousseff, Guido Mantega e Luiz Marinho, Lula não vai usar o poder que acumulou, "o maior que um presidente pode obter". A revista lamenta a ausência de "Mr. Palocci".

economist.com
"OFFSPRING"
A capa da revista foi para a "prole da globalização", as novas multinacionais que "vêm mudando as velhas". São "empresas indianas e chinesas", como a Tata, mas " brasileiras e russas também começam a deixar sua marca". Das velhas, algumas não sobreviverão. Outras, sim, mas apelando aos executivos das novas.

EMBRAER LÁ
Em despachos desde Cingapura, de agências ocidentais e da XFN, versão financeira da chinesa Xinhua, a Embraer anunciou US$ 40 milhões para expansão na Ásia -onde tem encomendas de aéreas chinesas, indianas etc. etc.

UM MUNDO PLANO
O "NYT" noticia "o interesse cada vez maior de empresas ocidentais em países em rápido desenvolvimento como Índia, China e Brasil", criando "um mundo plano", na imagem de um executivo.

EUA, BRASIL E A ÍNDIA
A representante comercial dos EUA declarou à BBC Brasil que "o presidente Lula tem um papel especial, como líder global", de convencer a Índia a abrir seu mercado e viabilizar Doha. A verdade, notou a "Economist", é que George W. Bush está de mãos amarradas.

FIDEL VS. LULA
Na capa do "Granma", Fidel Castro avançou mais e atirou contra os discursos de Camp David e o artigo de Lula no "Washington Post". A desculpa foi o etanol, mais uma vez.

GEOPOLÍTICA
O "Miami Herald", sublinhando que o nicaraguense Daniel Ortega suspendeu viagem ao Brasil, quando assinaria acordo sobre etanol, avalia que a disputa é "geopolítica", entre Venezuela e EUA, e se concentra na influência sobre a América Central e o Caribe.

BOM E MAU ETANOL
A "Economist", ironizando que "não é sempre" que se vê ao lado do "ditador comunista", avalia que Fidel "está certo" ao atacar o programa de etanol de Bush. É o "mau etanol", de milho, subsidiado, diz a revista, que defende o "bom etanol" de cana, do Brasil.

"PASSAGEIROS FURIOSOS"
Andrew Downie, da "Time", viajou ou tentou viajar sexta à noite pelo Brasil -aliás, como este colunista- e postou desabafo no site da revista, se solidarizando e concordando com os "passageiros furiosos". Sobrou para todos, de Lula à Aeronáutica e aos controladores. Em sites como a BBC e o About.com, este do "NYT", a sombra de mais problema para os estrangeiros durante o feriado no Brasil tomou toda a atenção. E o argentino "La Nación" já fala em prejuízo para o turismo do país.

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@ - Nelson de Sá


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