São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Unasur, Unasul
Os sites dos chilenos "El Mercurio" e "La Tercera"
ecoaram pela América Latina à espera da Unasul, que
abriu encontro "após a chegada de Chávez e Lula". O
líder do partido de Michele Bachelet, na submanchete
do "El Mercurio", dizia que "a reunião da Unasul é a
prova de fogo da América Latina", se a região "quer
ser respeitada no concerto global".
NOMES... O dia todo, até a escalada do "Jornal Nacional", a Globo evitou a expressão Unasul, falando em "presidentes sul-americanos". Também vetou "massacre" para descrever o massacre de Pando. AOS BOIS Já a Folha Online trazia na home, ao longo do dia, o título "Bolívia prende suspeitos de massacre; Morales participa de reunião da Unasul". UOL e outros sites já se arriscam por trilha semelhante. CORPOS EM EXIBIÇÃO
Na manchete do site da Agência Boliviana de Informação, até começar a Unasul, prosseguiam as denúncias de Pando, falando-se já em morte de "crianças". E na manchete on-line do jornal "La Razón", a abertura de processo contra o governador de Pando, pela violência que levou dezenas à morte. "11 DE SEPTIEMBRE" Início da noite e o chileno "El Mercurio" deixou de lado a cobertura extensiva da Unasul para abrir, em manchete, "Bolsa de São Paulo anota sua pior queda desde o 11 de Setembro de 2001". Era também o enunciado por aqui, da Folha Online ao "Jornal Nacional". Começando pela Reuters Brasil e avançando pela TV, Globo inclusive, a cobertura correu depois para o ministro da Fazenda e para o presidente do Banco Central, atrás de palavras de conforto. Eles saíram dizendo que o país "está preparado" ou "se preparou". TRÊS DOS BRICS O pouco que se lia de Brasil, no exterior em crise, reunia os "emergentes" todos. Suas ações "mergulham", avisava um enunciado no "Financial Times". Sofreram "pressão especial" os exportadores de commodities, "como a Rússia e o Brasil", e os dependentes de capital externo, "como a Turquia". No Market Watch, a queda de "Rússia, Índia e Brasil, três dos Brics". BRASIL GARANTE? Por outro lado, o UOL deu no alto da home, do blog de Fernando Rodrigues, que "agora até os papéis do Brasil poderão ser usados como garantia para bancos dos EUA tomarem empréstimo do Fed". É que uma das medidas definidas pelo banco central americano, no fim de semana, permite usar títulos com "grau de investimento", caso do Brasil, para tomar dinheiro de curto prazo. A PRÓXIMA VÍTIMA? Nos EUA, as manchetes on-line também anunciavam, no fim do dia, a maior queda na Bolsa de Valores de Nova York desde o 11 de Setembro. A começar do "FT", no entanto, com o enunciado "Fed abre negociações sobre a crise na AIG", seguida pelo "New York Times" com "Fed toma os primeiros passos para ajudar a AIG", as atenções se voltaram no início da noite para a maior seguradora dos EUA. Mais um pouco e a agência de classificação Standard & Poor's cortou a nota da AIG, cujas ações desabaram 61%, só ontem -e a sigla do American International Group foi parar na manchete do "Wall Street Journal". Enquanto isso, o Market Watch já mostrava a abertura na Ásia, com Japão e Coréia do Sul em queda, por conta do "derretimento dos bancos de investimento" e das "perspectivas incertas da AIG". SEIS OBAMAS OU MAIS
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